E,
para ninguém, conto o peso pesado
Deste
sofrer tão asfixiante,
Que
me deixa atrasado,
E
não me permite ir adiante.
Estou
preso, pasmo, inerte
Contra
esta dor danada de solerte
Que,
diante deste dia de sol belo,
Me
põe a carregar a dor, tão amarelo,
E
ainda sorrindo, como se elogiado,
Quando
me sinto um escravo castigado.
Ainda
tomei um analgésico
Para
esta dor fingir adormecer
Como
se sofrer não fosse o que me resta.
Se
penar é tudo que tem para acontecer
Não
me sinto nem nostálgico
E
vou, com a dor que sobra, fazer festa!
Só
o tempo, nesta vida, acaba com qualquer dor.
Vem
me consolar, querida, com o esparadrapo do amor.
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