DE AUSENCIA
Andrea
Cote
Es para el dios de lo
deshabitado
que se alzan templos invisibles
en la borrasca del desierto.
Es para él
que los árboles enanos inclinan en la arena sus ramas
humildes,
fervorosas.
Es para que no te aferres
que existe un dios de la ausencia,
señor del desierto
y de las cosas que,
como la sombra,
existen por la fuerza de la luz que las rechaza.
DE AUSÊNCIA
É para o deus do
desabitado
que se elevam templos
invisíveis
na tempestade no deserto.
É para ele
que as árvores anãs inclinam
seus ramos na areia
humildes,
fervorosas.
É para não te aferres
que existe um deus da
ausência,
senhor do deserto
e das coisas que,
como a sombra,
existem pela força da luz
que as rechaça.
Ilustração: Canção Nova.
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