Saturday, October 04, 2025

O poema clássico de Giacomo Leopardi

 


L’INFINITO

Giacomo Leopardi

Sempre caro mi fu quest’ermo colle,
E questa siepe, che da tanta parte
Dell’ultimo orizzonte il guardo esclude.
Ma sedendo e mirando, interminati
Spazi di là da quella, e sovrumani
Silenzi, e profondissima quiete
Io nel pensier mi fingo; ove per poco
Il cor non si spaura. E come il vento
Odo stormir tra queste piante, io quello
Infinito silenzio a questa voce
Vo comparando: e mi sovvien l’eterno,
E le morte stagioni, e la presente
E viva, e il suon di lei. Cosi tra questa
Immensita s’annega il pensier mio:
E il naufragar m’è dolce in questo mare.

O INFINITO

Parte inferior do formulário

Sempre querida me foi esta solitária colina

E esta sebe, que de tanta parte

do horizonte distante o olhar exclui.

Mas sentado e olhando intermináveis

Espaços infinitos e além dela, sobre-humanos

Silêncios, e profundíssima quietude

No meu pensar imagino onde por um momento

Meu coração não treme. E como o vento

sussurrando entre estas árvores, aquele

Infinito silêncio a esta voz

vou comparando: e me sobrevém o eterno,

E as estações mortas, e o presente,

E vivo, o som dele. Assim, nesta

Imensidão, meu pensamento se afoga:

E o naufragar me é doce neste mar.

Ilustração: Amazon.

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