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Jardín
Juan Ramón Jiménez
Yo no sé cómo saltar
desde la orilla de hoy
a la orilla de mañana.
El río se lleva, mientras,
la realidad de esta tarde,
a mares sin esperanza.
Miro al oriente, al poniente,
miro al sur y miro al norte.
Toda la verdad dorada
que cercaba al alma mía,
cual con un cielo completo,
se cae, partida y falsa.
Y no sé cómo saltar
desde la orilla de hoy
a la orilla de mañana.
De "Estío"
Jardim
Eu não sei como saltar
das fronteiras do hoje
para as bordas do amanhã.
O rio leva, no entanto,
a realidade desta tarde,
a mares sem esperança.
Eu olho para o oriene, o poente,
olho ao sul e olho ao norte.
Toda a verdade dourada
que cercava a minha alma,
como se fosse um céu cheio
caiu, perdida e falsa.
Eu não sei como saltar
das fronteiras de hoje
para as bordas do amanhã.
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