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Vivemos na mesma casa. O quarto é comum,
Comum a cama, a insatisfação do fim de semana,
A imensa solidão que nos afasta e irmana
Nossos corpos que, de dois, não faz nenhum.
Vivemos a mesma vida. Mas que vida?
Um arrastar de espectros medíocres
Incapazes de gritar contra a medida
Social que nos torna mortos, biltres.
Vivemos o mesmo pesadelo. No espelho
As marcas do tempo, olhos vermelhos,
Sem chorar nos sentimos até fortes.
Vivemos o mesmo tédio. A coragem,
Que nos falta, nos serve de pajem
E nem precisamos esperar por nossas mortes.
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