![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8sNQvmgXe-UJvXKjol5eB6hIt396D34of_I6evSwV9BBO2Qfso-seiVtDiograBmB0OjOF6gMH6hvMRVIvqMOkfFlG9VFSoK10Lto11rLtFk-GkTvlKmp_RqEOo_DNu9y8YVoRQ/s320/camoes.jpg)
Jorge Luis Borges
Sin lástima y sin ira el tiempo mella
Las heroicas espadas. Pobre y triste
A tua pátria nostálgica volviste,
Oh Capitán, para morir en ella
Y con ella. En el mágico disierto
La flor de Portugal se habia perdido
Y el áspero espanhol antes vencido
Amenazaba sua costado abierto.
Quiero saber si aquen de la ribera
Última comprendiste humildemente
Que todo lo perdido, el Occidente
Y el Oriente, el acero e la bandera
Perduraria (ajeno a toda humana
Mutación) en tu Eneida lusitana.
A LUIS DE CAMÕES
Sem lástima nem ira o tempo há enferrujado
As heróicas espadas. Pobre e triste
A tua pátria saudoso voltaste
Oh! Capitaão, para ser nela enterrado
E com ela. No mágico deserto
A flor de Portugal se havia perdido
E o áspero espanhol antes vencido
Ameaçava o seu costado aberto.
Quero saber, se aquém da ribanceira
Ùltima, compreendeste humildemente
Que tudo que se perdeu, o Ocidente,
E o Oriente, as armas e a bandeira,
Perdurará (alheio a toda humana
Mudança) na tua Eneida lusitana.
Ilustração: http://www.arquimedeslivros.com/loja/images/camoes.jpg
No comments:
Post a Comment