São essas coisas tão simples,
que ninguém vai entender,
que me fazem ver
como viver contigo é tão bom.
O beijo pela manhã,
a discussão sobre o que teremos na
refeição,
as visões diferentes sobre a vida,
esta tua forma tão louca e tão
querida
de, às vezes, me dizer
como devia ser melhor.
Ainda que saiba
que não tem jeito
procuras ensinar ao velho papagaio
novos truques
com a obsessão das boas professoras
e me castigas com beijos,
enquanto bebemos vinho
e me dizes
que serei teu último homem –
o que não acredito –
e que com outro
não poderá mais ser feliz
zombando do tamanho
do meu nariz.
Ilustração: Feche a porta quando sair: coisas simples.
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