ADÓNDE VAN LOS PÁJAROS
Teresa Pallazo Conti
“Ejército de hormigas
va trepando por él…”
(Antonio Machado)
Entre sus brazos de árbol
se ha crispado la nieve
y es estatua de hielo
su madera.
No sospecha
las gotas de la muerte
entre las máscaras.
Heroica tempestad se le revela
en un crujir de ramas
mientras cae el acero.
Por las raíces huérfanas
deambulará
su alma
asombrada de pájaros.
AONDE VÃO OS PÁSSAROS
Um exército de formigas
vão trepando por ele...
(Antônio Machado)
Entre seus braços de árvores
a neve há se aninhado
e virou estátua do gelo
sua madeira.
Não suspeita
das gotas da morte
entre as máscaras.
A tempestade heróica lhes revela
O rumor dos galhos
Até que o aço caia.
Pelas raizes orfãos
Dançará
sua alma
acompanhada dos pássaros.
(Ilustração "Árvore dos Passaros" de Edna de Araraquara).
Sunday, October 29, 2006
Friday, October 27, 2006
UMA MEXICANA COM CERTEZA
DESAYUNO
Griselda Álvarez Ponce de León
Si es que me siento sola, no me importa
Com el ego me baño narcisista,
Ante el espejo me hago una entrevista
Y escribo lo que vidrio me reporta:
La vejez asomada que suporta
Um espiritu fuerte y optimista,
Hay mucho más de risas a la vista
Porque el dolor la vida nos acorta.
Tengo amigos y amigas; mas de alguno
Por telefono a veces me resiste.
Espanto algún recuerdo inoportuno
Como se fuera mosca. Y se persiste
Le invito um poço de mi desayuno.
Sé que estoy sola. Pero nunca triste.
PEQUENO DESJEJUM
Se é que me sinto só, não me importa
Com o ego me banho e narcisista,
Ante o espelho me faço uma entrevista
E escrevo o que vidro me reporta:
A velhice exposta que suporta
Um espírito forte e otimista,
Que tem muito mais de risos à vista
Que a dor que a vida nos encurta.
Tenho amigos e amigas; mas algum
Por telefone, às vezes, me resiste.
Espanto da memória, uma ou um,
Como se fosse uma mosca. E se persiste
Convido-a para meu pequeno desjejum.
Sei que sou só. Porém nunca triste.
Griselda Álvarez Ponce de León
Si es que me siento sola, no me importa
Com el ego me baño narcisista,
Ante el espejo me hago una entrevista
Y escribo lo que vidrio me reporta:
La vejez asomada que suporta
Um espiritu fuerte y optimista,
Hay mucho más de risas a la vista
Porque el dolor la vida nos acorta.
Tengo amigos y amigas; mas de alguno
Por telefono a veces me resiste.
Espanto algún recuerdo inoportuno
Como se fuera mosca. Y se persiste
Le invito um poço de mi desayuno.
Sé que estoy sola. Pero nunca triste.
PEQUENO DESJEJUM
Se é que me sinto só, não me importa
Com o ego me banho e narcisista,
Ante o espelho me faço uma entrevista
E escrevo o que vidro me reporta:
A velhice exposta que suporta
Um espírito forte e otimista,
Que tem muito mais de risos à vista
Que a dor que a vida nos encurta.
Tenho amigos e amigas; mas algum
Por telefone, às vezes, me resiste.
Espanto da memória, uma ou um,
Como se fosse uma mosca. E se persiste
Convido-a para meu pequeno desjejum.
Sei que sou só. Porém nunca triste.
UM GRANDE POETA BOLIVIANO
La nao
Antonio Terán Cabrero
una cáscara apenas
en la impalpable imagen de los signos
con que se sueña alado un topo
una canción en la quietud del río
y en la canción un barco
desperezándose
huye tú visitante casual de este paraje
si no quieres quemarte en una hoguera silenciosa
la no colmada sed del puro instante
le ha dado nacimiento
a pesar de sus huesos de
carcoma
sobre un río sin agua
porque ya estuvo en el
infierno
y despierta en el vientre de una clara botella
como una melodía
en medio de la noche
iluminando un charco
esa calle de la infancia
aquel farol bajo la lluvia
o sólo el barco de papel que ha remontado
la corriente
y ahora tiembla en mi mano
más allá
del íntimo velamen
le espera el laberinto
del otro inmenso mar
donde las férulas no llegan
podrá entonces gritar todos los gritos
que no fueron
en la precaria palidez de nuestros días
así navegue en círculos
dentro del ojo ciego de la
esfinge
todo en la breve eternidad
de narrarse en el agua
A nau
Uma casca apenas
na impalpável imagem dos signos
com que se sonha soando alto
uma canção na quietude do rio
e com a canção
um barco despregando-se
foge tu visitante casual destas paragens
se não queres queimar-te na fogueira silenciosa
a não saciada sede do puro instinto
lhe há dado nascimento
apesar dos montes de ossos
sobre um rio sem água
porque já estava no inferno
e desperto no ventre de uma garrafa transparente
como uma melodia
no meio da noite iluminando um pântano
esse rio da minha infância
aquele farol sob a chuva
ou só o barco de papel que recuperei
da corrente
e agora treme em minhas mãos
mais além
do intimo velame
lhe espera o labirinto
de outro imenso mar
onde as borboletas não hão de chegar
podes então gritar todos os gritos
que não gritou
na precária palidez de nossos dias
assim navegue em círculos
dentro do olho cego da esfinge
tudo na breve eternidade
está escrito na água.
Antonio Terán Cabrero
una cáscara apenas
en la impalpable imagen de los signos
con que se sueña alado un topo
una canción en la quietud del río
y en la canción un barco
desperezándose
huye tú visitante casual de este paraje
si no quieres quemarte en una hoguera silenciosa
la no colmada sed del puro instante
le ha dado nacimiento
a pesar de sus huesos de
carcoma
sobre un río sin agua
porque ya estuvo en el
infierno
y despierta en el vientre de una clara botella
como una melodía
en medio de la noche
iluminando un charco
esa calle de la infancia
aquel farol bajo la lluvia
o sólo el barco de papel que ha remontado
la corriente
y ahora tiembla en mi mano
más allá
del íntimo velamen
le espera el laberinto
del otro inmenso mar
donde las férulas no llegan
podrá entonces gritar todos los gritos
que no fueron
en la precaria palidez de nuestros días
así navegue en círculos
dentro del ojo ciego de la
esfinge
todo en la breve eternidad
de narrarse en el agua
A nau
Uma casca apenas
na impalpável imagem dos signos
com que se sonha soando alto
uma canção na quietude do rio
e com a canção
um barco despregando-se
foge tu visitante casual destas paragens
se não queres queimar-te na fogueira silenciosa
a não saciada sede do puro instinto
lhe há dado nascimento
apesar dos montes de ossos
sobre um rio sem água
porque já estava no inferno
e desperto no ventre de uma garrafa transparente
como uma melodia
no meio da noite iluminando um pântano
esse rio da minha infância
aquele farol sob a chuva
ou só o barco de papel que recuperei
da corrente
e agora treme em minhas mãos
mais além
do intimo velame
lhe espera o labirinto
de outro imenso mar
onde as borboletas não hão de chegar
podes então gritar todos os gritos
que não gritou
na precária palidez de nossos dias
assim navegue em círculos
dentro do olho cego da esfinge
tudo na breve eternidade
está escrito na água.
Thursday, October 19, 2006
UM POETA PERUANO
FALSA POÉTICA (EL ENEMIGO)
Jorge Frisancho
No sueño ya con este espacio neutro, el de la palabra
y no he podido ver sino lo que pertenece ahora
a los recuerdos, en la otra banda de lo corporal.
Digo entonces: ¿qué será de mí cuando termine la noche
y qué es lo que soy en ella, esto que contemploy rí
e insoportablemente?
(En un peldaño oscuro del lenguaje o en el fondo del pozo
como en una frágil estrategia de las apariencias, mis sentidos son sólo estos sentidos fijos en la bóveda,
y mi lengua es ahora la del enemigo).
FALSA POÉTICA (O INIMIGO)
Não sonho já com este espaço neutro,
o da palavra e não pude ver senão o que agora pertence
às recordações, do outro lado do corporal.
Digo então: que será de mim quando a noite terminar
e concluir o que nela sou,
isto que contemplo e ri
insuportavelmente?
(Num degrau escuro da linguagem
ou no fundo do poço
como numa frágil estratégia das aparências,
meus sentidos são só estes sentidos fixos na abóbada,
e minha língua é agora a do inimigo).
Jorge Frisancho
No sueño ya con este espacio neutro, el de la palabra
y no he podido ver sino lo que pertenece ahora
a los recuerdos, en la otra banda de lo corporal.
Digo entonces: ¿qué será de mí cuando termine la noche
y qué es lo que soy en ella, esto que contemploy rí
e insoportablemente?
(En un peldaño oscuro del lenguaje o en el fondo del pozo
como en una frágil estrategia de las apariencias, mis sentidos son sólo estos sentidos fijos en la bóveda,
y mi lengua es ahora la del enemigo).
FALSA POÉTICA (O INIMIGO)
Não sonho já com este espaço neutro,
o da palavra e não pude ver senão o que agora pertence
às recordações, do outro lado do corporal.
Digo então: que será de mim quando a noite terminar
e concluir o que nela sou,
isto que contemplo e ri
insuportavelmente?
(Num degrau escuro da linguagem
ou no fundo do poço
como numa frágil estratégia das aparências,
meus sentidos são só estes sentidos fixos na abóbada,
e minha língua é agora a do inimigo).
Sunday, October 15, 2006
LÓGICA AMOROSA
O absurdo é que insistem
Em que a menor distância
Entre dois pontos
É uma linha reta
Ignorando a atração
De nossos corpos
Na razão inversa
Da paixão e da distância.
Beijo teus seios.
Percorro retamente as curvas
Que me encaminham ao triângulo
Da perdição e do prazer
Para descobrir que ser sábio
É nada saber
E sim descobrir a delícia de teu corpo
Pelo gosto.
Gemidos, gritinhos
E o êxtase sabido e inesperado
Que nos torna crianças
Lambuzando-se no mais delicioso doce,
Infantis
Na brincadeira mais feliz....
Inútil explicações...
Sobre a inutilidade da beleza de teus quadris.
Tudo em ti foi feito para amar
E só te amando me sinto feliz!
A ilustração "A Mulher nua" é de www.nosralla.com.br
Em que a menor distância
Entre dois pontos
É uma linha reta
Ignorando a atração
De nossos corpos
Na razão inversa
Da paixão e da distância.
Beijo teus seios.
Percorro retamente as curvas
Que me encaminham ao triângulo
Da perdição e do prazer
Para descobrir que ser sábio
É nada saber
E sim descobrir a delícia de teu corpo
Pelo gosto.
Gemidos, gritinhos
E o êxtase sabido e inesperado
Que nos torna crianças
Lambuzando-se no mais delicioso doce,
Infantis
Na brincadeira mais feliz....
Inútil explicações...
Sobre a inutilidade da beleza de teus quadris.
Tudo em ti foi feito para amar
E só te amando me sinto feliz!
A ilustração "A Mulher nua" é de www.nosralla.com.br
A CONSTATAÇÃO
Ah! Se tu estivesses aqui, agora,
Nem que fosse uma meia-hora
Como o tempo se desfaria no ar
Com esta saudade que não vai passar.
Se estivesses aqui neste instante
Nesta manhã chuvosa...que belo lance!
Nós dois seríamos muito mais felizes
Rememorando os acertos e deslizes
Na cumplicidade que nunca se desfez
O prazer teria seu momento e vez
E apagaria toda esta imensa dor
Se expressando, como sempre, em amor
Hoje, que nem imagino onde estais,
Imito a chuva e choro muito mais
Enquanto o mundo minha dor ignora
E até a dor o tempo leva embora...
Saturday, October 14, 2006
UM POETA BOLIVIANO
Como una luz
Jaime Saenz
Llegada la hora en que el astro se apague,
quedarán mis ojos en los aires que contigo fulguraban
Silenciosamente y como una luz
reposa en mi camino
la transparencia del olvido.
Tu aliento me devuelve a la espera y a la tristeza de la tierra,
no te apartes del caer de la tarde-
no me dejes descubrir sino detrás de ti
lo que tengo todavía que morir.
Como uma luz
Chega uma hora em que o astro se apaga,
Meus olhos quedarão nos ares que contigo fulguravam
Silenciosamente e como uma luz
Repousa em meu caminho
A transparência do esquecimento.
Tua esperança me devolve a espera e a tristeza da terra,
Não te separes do cair da tarde
-Não me deixes descobrir senão depois de ti
Que tenho, todavia que morrer.
Jaime Saenz
Llegada la hora en que el astro se apague,
quedarán mis ojos en los aires que contigo fulguraban
Silenciosamente y como una luz
reposa en mi camino
la transparencia del olvido.
Tu aliento me devuelve a la espera y a la tristeza de la tierra,
no te apartes del caer de la tarde-
no me dejes descubrir sino detrás de ti
lo que tengo todavía que morir.
Como uma luz
Chega uma hora em que o astro se apaga,
Meus olhos quedarão nos ares que contigo fulguravam
Silenciosamente e como uma luz
Repousa em meu caminho
A transparência do esquecimento.
Tua esperança me devolve a espera e a tristeza da terra,
Não te separes do cair da tarde
-Não me deixes descobrir senão depois de ti
Que tenho, todavia que morrer.
UMA POETISA DA BOLÍVIA
De "Territorial"
(fragmento)
Blanca Wiethüchter
Sólo tengo este cuerpo.
Estos ojos y esta voz
Esta larga travesía de sueño cansada de morir.
Conservo el temor al atardecer.
No se comunica con nadie.
Por mi modo de andar
algo descubierto un poco esperando
cambio frecuentemente de parecer
conmigo no puedo vivir segura.
Habito un jardín de palabras
que han dejado de nombrarme
para nombrarla.
No me atrevopero es necesario decirlo.
Es un secreto.
En realidad somos dos.
Ahora debo inventar a la otra.
De Territorial
(Fragmentos)
Só tenho este corpo. Estes olhos, esta voz
Esta larga travessia cansada de morrer.
Conservo o temor do entardecer.
Que não comunica nada.
Por meu modo de andar
Há algo descoberto um poço esperando
Troco freqüentemente de parecer
Comigo não se pode viver segura.
Habito um jardim de palavras
Que hão deixado de nomear-me
Para nomeá-la. Não me atrevo
Porém é necessário dizê-lo. É um segredo.
Na realidade somos duas.
Agora devo inventar a outra.
Saturday, October 07, 2006
OUTRO POEMA DE BUESA
POEMA DE LA ESPERA
José Angel Buesa
Yo sé que eres de otro y a pesar de eso espero
Y espero sonriente porque yo sé que un dia
Como en amor, el ultimo vale mas que el primeiro
Tu tendrás que ser mía.
Yo sé que eres de otro pero eso no me importa
Porque nada es de nadie se hay alguien que lo ansia.
Y mi amor es tan largo y la vida es tan corta
Que tendrás que ser mía.
Yo sé que eres de otro pero la sed se sacia
Solamente en el fondo de la copa vacía.
Y como la paciencia puede más que la audácia
Tu tendrás que ser mía.
Por eso en lo profundo de mis sueños despiertos
Yo seguiré esperando porque sé que algún dia
Buscarás el refugio de mis brazos abiertos
Y tendrás que ser mia.
O POEMA DA ESPERA
Eu sei que és de outro e apesar disto te espero
E espero sorrindo porque sei que um dia
Como, no amor, o último vale mais que o primeiro
Tu terás que ser minha.
Eu sei que és de outro, porém isto não me importa
Porque nada é de ninguém se há um alguém que anseia.
E meu amor é tão longo e a vida é tão curta
Que terás que ser minha.
Eu sei que és de outro, porém a sede se sacia
Somente no fundo do copo vazio.
E como a paciência pode mais que a audácia
Tu terás que ser minha.
Para isto no mais profundo dos meus sonhos despertos
Eu seguirei esperando porque sei que algum dia
Tu procurarás o refúgio de meus braços abertos
E tu terás que ser minha!
José Angel Buesa
Yo sé que eres de otro y a pesar de eso espero
Y espero sonriente porque yo sé que un dia
Como en amor, el ultimo vale mas que el primeiro
Tu tendrás que ser mía.
Yo sé que eres de otro pero eso no me importa
Porque nada es de nadie se hay alguien que lo ansia.
Y mi amor es tan largo y la vida es tan corta
Que tendrás que ser mía.
Yo sé que eres de otro pero la sed se sacia
Solamente en el fondo de la copa vacía.
Y como la paciencia puede más que la audácia
Tu tendrás que ser mía.
Por eso en lo profundo de mis sueños despiertos
Yo seguiré esperando porque sé que algún dia
Buscarás el refugio de mis brazos abiertos
Y tendrás que ser mia.
O POEMA DA ESPERA
Eu sei que és de outro e apesar disto te espero
E espero sorrindo porque sei que um dia
Como, no amor, o último vale mais que o primeiro
Tu terás que ser minha.
Eu sei que és de outro, porém isto não me importa
Porque nada é de ninguém se há um alguém que anseia.
E meu amor é tão longo e a vida é tão curta
Que terás que ser minha.
Eu sei que és de outro, porém a sede se sacia
Somente no fundo do copo vazio.
E como a paciência pode mais que a audácia
Tu terás que ser minha.
Para isto no mais profundo dos meus sonhos despertos
Eu seguirei esperando porque sei que algum dia
Tu procurarás o refúgio de meus braços abertos
E tu terás que ser minha!
A POESIA DE CLAUDIA LARS
CARTAS ESCRITAS CUANDO CRECE LA NOCHE (VIII)
Claudia Lars
El tiempo....Qué es el tiempo?
Para mi no ha passado
Desde aquellas noches de lunas amarillas,
Cuando me llevabas a las reuniones de los sábados
Me senti joven al leer tus poemas
Y ne dio vergüenza experimentar esa delícia,
Com un gajo de sueños juveniles
Cai em profundo sueño.
Hoy me burlo del tiempo
Y hasta le hago cosquillas
Em las barbas.
Así, medio jugando,
Voy a meterlo por un mes
En el armario.
CARTAS ESCRITAS QUANDO CRESCEM AS NOITES (VIII)
O tempo?. ...Que é o tempo?
Para mim não há passado
Desde aquelas noites amarelas de luar,
Quando me levavas às reuniões de sábados
Me senti jovem lendo teus poemas
E me deu vergonha experimentar esta delícia.
Com um jovem de sonhos juvenis
Cai num profundo sonho.
Hoje eu engano o tempo
E até lhe faço coçegas
Nas barbas.
Assim, meio brincando,
Vou guardá-lo por um mês
No armário.
Claudia Lars
El tiempo....Qué es el tiempo?
Para mi no ha passado
Desde aquellas noches de lunas amarillas,
Cuando me llevabas a las reuniones de los sábados
Me senti joven al leer tus poemas
Y ne dio vergüenza experimentar esa delícia,
Com un gajo de sueños juveniles
Cai em profundo sueño.
Hoy me burlo del tiempo
Y hasta le hago cosquillas
Em las barbas.
Así, medio jugando,
Voy a meterlo por un mes
En el armario.
CARTAS ESCRITAS QUANDO CRESCEM AS NOITES (VIII)
O tempo?. ...Que é o tempo?
Para mim não há passado
Desde aquelas noites amarelas de luar,
Quando me levavas às reuniões de sábados
Me senti jovem lendo teus poemas
E me deu vergonha experimentar esta delícia.
Com um jovem de sonhos juvenis
Cai num profundo sonho.
Hoje eu engano o tempo
E até lhe faço coçegas
Nas barbas.
Assim, meio brincando,
Vou guardá-lo por um mês
No armário.
Thursday, October 05, 2006
UM POETA CUBANO
POEMA DEL AMOR AJENO
José Angel Buesa
Puedes irte y no importa, pues te quedas conmigo
Como queda el perfume más allá de la flor.
Tú sabes que te quiero, pero no te lo digo;
Y yo sé que eres mia, sin ser mío tu amor.
La vida nos acerca y la vez nos separa,
Como el dia y la noche en el amanhecer...
Mi corazón sediento ansia tu agua clara,
Pero es um agua ajena que no debo beber...
Por eso puedes irte, porque, aunque no te sigo,
Nunca te vas del todo, como una cicatriz;
Y mi alma es como un surco cuando se corta el trigo,
Pues al perder la espiga retiene la raiz.
Tu amor es como un rio, que parece más hondo,
Inexplicavelmente, cuando el agua se va.
Y yo estoy em la orilla, pero mirando el fondo,
Pues tu amor y la muerte tienen un más allá.
Para un deseo así, toda la vida es poca ;
Toda la vida es poca para um ensueño así...
Pensando em ti esta noche yo besáre otra boca;
Y tu estarás com outro...pero pensando em mi!
POEMA DO AMOR ALHEIO
Podes ir embora e não importa, que ficas comigo
Como fica o perfume além da flor.
Tu sabes que te quero, porém não te digo;
E eu sei que és minha, sem ser meu amor.
A vida aproxima e nos e, por sua vez, nos separa
Como o dia e a noite no amanhecer...
Meu coração sedento anseia por tua água clara,
Porém é uma água alheia que não devo beber...
Poristo podes ir embora porque se não te sigo,
Nunca te vais de todo, como uma cicatriz;
E minha alma é como um sulco quando se corta o trigo,
Pois ao perder a espiga retém a raiz.
Teu amor é como um rio, que parece mais profundo,
Inexplicavelmente, quando as águas se vão.
E eu estou na borda, porém mirando o fundo,
Pois teu amor e a morte muito além ainda vão.
Para um desejo assim, toda a vida é pouca;
Toda a vida é pouca um sonho assim...
Pensando em ti, esta noite beijarei outra boca;
E tu estarás com outro....porém pensando em mim!
Sunday, October 01, 2006
OUTRO POETA PERUANO
APARTAMENTO
Xavier Echarri
El cajón del velador es un osario de ángeles,
Del parquet brota pasto,
Del caño salen lágrimas,
La ducha sabe.
La claraboya nos sostiene del cielo, y el cielo, raso,
secomba.
(Por ahí podría entrar un venado si es que
simplificara su cabeza).
El cuadro es un vacío sin marco.
La televisión un médium de masa.
La cortina revienta contra las rocas.
Los muebles se sacuden el polvo y hacen turno ante la
cola del baño.Las sillas, en cuclillas, meditan.
La refrigeradora interrumpe su ronquido, y la nevera se
calienta.
Los parlantes tienen la lengua afuera.
despertador siente que se le viene.
El foco espera triste:
Di.
APARTAMENTO
A gaveta do armário é um ossário de anjos,
Do parquete brota pasto,
Do cano saem lágrimas,
O chuveiro sabe.
A clarabóia nos sustenta do céu, e o céu, raso,
se infiltra
(Por aí poderia entrar um veado se
simplificassem sua cabeça).
O quadro é um esvaziamento sem esquadro.
A televisão um médium de massa.
A cortina se arrebenta contra as rochas.
Os móveis sacodem o pó e fazem turno ante
a fila do banheiro.
As cadeiras, em circulos, meditam.
O refrigerador interrompe seu ronco e a geladeira
esquenta.
Os falantes botam a língua de fora.
O tocadiscos se injeta, o disco pede aos gritos uma camisa de força.
O telefone entra no banho.
O despertador sente que se vai.
O foco é uma pêra triste:
Dei.
UM POETA PERUANO
CEMENTERIO DE PERROS
Carlos López Degrori
Una tarde encontré siete perros muertos en la carretera.
Canté aspirando el aire, las moscas, la violencia
y supe que sería definitivo mi verano.
Cómo llegaron aquí.
No sé. La sabiduría es siempre de los huesos.
Pero pronto cumpliré los 33, me casaré y tal vez tenga siete hijos.
Y cuando llegue la tarde en que confluyan veranos, carreteras
y una mosca perfecta me recuerde este cementerio de sol
cantaré de nuevo el triunfo de los perros.
CEMITÉRIO DE CACHORROS
Uma tarde encontrei sete cachorros mortos na estrada.
Cantei aspirando o ar, as moscas, a violência
e soube que o meu verão seria definitivo.
Como chegaram aqui. Não sei.
A sabedoria é sempre dos ossos.
Porém logo farei 33 anos, me casarei e talvez tenha sete filhos.
E quando mais tarde quando confluírem os verões, estradas
e uma mosca perfeita me recorde este cemitério de sol
cantarei de novo o triunfo dos cachorros.
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