Friday, October 31, 2008
UM POETA NORTE-AMERICANO
The Flower
Robert Creeley
I think I grow tensions
like flowers
in a wood where
nobody goes.
Each wound is perfect,
enclosed itself in a tiny
imperceptible blossom,
making pain.
Pain is a flower, like that one,
like this one,
like that one,
like this one.
A Flor
Eu penso que cultivo tensões
como flores
num jardim onde
ninguém vai.
Cada ferida é perfeita,
enclausurada em si mesma como um pequenino,
imperceptível botão
causando dor.
A dor é uma flor, como aquela ali,
como esta,
como aquela,
como esta.
Thursday, October 30, 2008
BRINCADEIRA
Wednesday, October 29, 2008
DICKINSON
J 258 / F 320
Emily Dickinson
There's a certain Slant of light,
Emily Dickinson
There's a certain Slant of light,
Winter Afternoons -
That oppresses, like the Heft
Of Cathedral Tunes -
Heavenly Hurt, it gives us -
Heavenly Hurt, it gives us -
We can find no scar,
But internal difference,
Where the Meanings, are -
None may teach it -
None may teach it -
Any -'Tis the Seal Despair -
An imperial affliction
Sent us of the Air -
When it comes, the Landscape listens -
When it comes, the Landscape listens -
Shadows - hold their breath -
When it goes, 'tis like the
DistanceOn the look of Death -
Há um desvio da luz
Nas tardes de inverno-
Que nos oprime como o peso
Dos hinos das catedrais-
Celestemente nos fere de um golpe-
Como não se vê na cicatriz,
Mas, dentro de nós, a diferença
Entre o sentido e a aparência.
Nada nos pode ensinar-ninguém-
É um selo do desespero-
Uma aflição imperial
Que sentimos no ar
Quando vem a terra escuta-
As sombras prendem o respirar-
Quando vai é como a distância
Sob o olhar da morte.
Nas tardes de inverno-
Que nos oprime como o peso
Dos hinos das catedrais-
Celestemente nos fere de um golpe-
Como não se vê na cicatriz,
Mas, dentro de nós, a diferença
Entre o sentido e a aparência.
Nada nos pode ensinar-ninguém-
É um selo do desespero-
Uma aflição imperial
Que sentimos no ar
Quando vem a terra escuta-
As sombras prendem o respirar-
Quando vai é como a distância
Sob o olhar da morte.
Tuesday, October 28, 2008
UM HOMEM NO SEU CAMINHO
(Ou pode ser “O Mago que esqueceu a mágica” )
O existir
É repleto de mistérios
Como o viver ou o sonhar
E o acaso nos contempla
Em cada passo do caminhar
No que se encontra,
Ou desencontra,
Não há impossível.
Há a miopia do amanhã,
A teia do sentido
Que não se percebe
Ou se esquece.
Nos salva a prece,
O otimismo,
O desejo de ir na direção
Do que jamais se sabe..
O essencial é
fugir do próprio vácuo
E criar a quimera do possível
Sem se contar os dias
Que sempre passarão.
O futuro é um passarinho
Que, quando menos se espera,
Está na sua mão
E, como a morte não se atrasa,
É preciso alimentá-lo
Para que cante
Nem que seja o canto do cisne.
Ilustração: passarodepapel.blogspot.com/
O existir
É repleto de mistérios
Como o viver ou o sonhar
E o acaso nos contempla
Em cada passo do caminhar
No que se encontra,
Ou desencontra,
Não há impossível.
Há a miopia do amanhã,
A teia do sentido
Que não se percebe
Ou se esquece.
Nos salva a prece,
O otimismo,
O desejo de ir na direção
Do que jamais se sabe..
O essencial é
fugir do próprio vácuo
E criar a quimera do possível
Sem se contar os dias
Que sempre passarão.
O futuro é um passarinho
Que, quando menos se espera,
Está na sua mão
E, como a morte não se atrasa,
É preciso alimentá-lo
Para que cante
Nem que seja o canto do cisne.
Ilustração: passarodepapel.blogspot.com/
Monday, October 27, 2008
UM POETA URUGAIO
Despedida
Roberto Genta
Tu voz quebraba el canto de los pájaros
y el mundo era pequeño para ti.
Las botellas sabían tu nombre.
Tú sabías de ellas como un viejo reptil
que a todo ha sobrevivido.
Hoy no tienes sombra
y tus manos quieren la copa
que permanece inmóvil frente a mí.
Falta tu sombra.
Tus manos quieren intentarlo
pero ya soy el hombre ciego.
Alguien que a solas gesticula.
El loco que brinda con la muerte.
(de Decúbito dorsal, inédito)
Despedida
Tua voz interrompeu o canto dos pássaros
e o mundo era pequeno para ti.
As garrafas sabiam teu nome.
Tu sabias delas como um réptil velho
que a tudo sobrevivesse.
Hoje não tens sombra
E tuas mãos querem o copo
que permanece imóvel diante de mim.
Falta tua sombra.
Tuas mãos querem desejá-lo,
Mas, já sou um homem cego.
Alguém que só gesticula.
Um louco que brinda com a morte.
Ilustração: http://www.arteassinada.com/brinde.jpg
Tua voz interrompeu o canto dos pássaros
e o mundo era pequeno para ti.
As garrafas sabiam teu nome.
Tu sabias delas como um réptil velho
que a tudo sobrevivesse.
Hoje não tens sombra
E tuas mãos querem o copo
que permanece imóvel diante de mim.
Falta tua sombra.
Tuas mãos querem desejá-lo,
Mas, já sou um homem cego.
Alguém que só gesticula.
Um louco que brinda com a morte.
Ilustração: http://www.arteassinada.com/brinde.jpg
Saturday, October 25, 2008
UM POETA ESLOVENO
Ljudska
Tomaž Šalamun
Vsak pravi pesnik je pošast.
Glas uni?uje in ljudi.
Petje zgraditi tehniko, ki uni?
ujezemljo, da nas ne bi jedli ?rvi.
Pijan?ek proda plaš?.
Lopov proda mater.
Samo pesnik proda dušo, da jolo?
i od telesa, ki ga ljubi.
Folk Song
(Tradução em inglês de Charles Simic).
Every true poet is a monster.
He destroys people and their speech.
His singing elevates a technique that wipes out
the earth so we are not eaten by worms.
The drunk sells his coat.
The thief sells his mother.
Only the poet sells his soul to separate it
from the body that he loves.
Canção popular
Todo poeta verdadeiro é um monstro.
Que destrói pessoas com o seu discurso.
O seu canto eleva uma técnica que aniquila
A terra para que não nos devorem os vermes
O bêbado vende seu casaco.
O ladrão vende sua mulher.
Apenas o poeta vende sua alma para separá-la
Do corpo que ama
Ilustração: ensinarevt.com/trabalhos_alunos/cor/index.html
Tomaž Šalamun
Vsak pravi pesnik je pošast.
Glas uni?uje in ljudi.
Petje zgraditi tehniko, ki uni?
ujezemljo, da nas ne bi jedli ?rvi.
Pijan?ek proda plaš?.
Lopov proda mater.
Samo pesnik proda dušo, da jolo?
i od telesa, ki ga ljubi.
Folk Song
(Tradução em inglês de Charles Simic).
Every true poet is a monster.
He destroys people and their speech.
His singing elevates a technique that wipes out
the earth so we are not eaten by worms.
The drunk sells his coat.
The thief sells his mother.
Only the poet sells his soul to separate it
from the body that he loves.
Canção popular
Todo poeta verdadeiro é um monstro.
Que destrói pessoas com o seu discurso.
O seu canto eleva uma técnica que aniquila
A terra para que não nos devorem os vermes
O bêbado vende seu casaco.
O ladrão vende sua mulher.
Apenas o poeta vende sua alma para separá-la
Do corpo que ama
Ilustração: ensinarevt.com/trabalhos_alunos/cor/index.html
PAUL ÉLUARD
LE MIROIR D´UM MOMENT
Paul Éluard
Il dissipe le jour,
Il montre aux hommes les images déliées de l´apparence,
Il enlève aux hommes la possibilité de se distraire.
Il est dur comme la pierre,
La pierre informe,
La pierre do mouvement et de la vue,
Et son éclat este tel que toutes les armures, tous les masques en sont faussés.
Ce que la main a pris dédaigne même de prendre la forme de la main,
Ce qui a été compris n´existe plus,
L´oiseau s´est confondu avec le vent,
Le ciel avec sa vérité,
L´homme avec sa réalité.
O ESPELHO DE UM MOMENTO
Ele dissipou o dia,
Ele mostrou aos homens as imagens dispersas da aparência,
Ele retirou dos homens a possibilidade de se distrair.
Ele é duro como a pedra,
Como a pedra disforme,
Como a pedra do movimento e da visão,
E seu clarão tal que todas as armaduras, todas as máscaras são nele deformadas.
O que a mão pegou mesmo desdenhosa pegou a forma da mão,
O que foi compreendido não existe mais,
O pássaro se confundiu com o vento,
O céu com sua verdade,
O homem com sua realidade.
Ilustração: http://www.celsobarbieri.co.uk/barbieri/espelho/images/espelho.jpg
Paul Éluard
Il dissipe le jour,
Il montre aux hommes les images déliées de l´apparence,
Il enlève aux hommes la possibilité de se distraire.
Il est dur comme la pierre,
La pierre informe,
La pierre do mouvement et de la vue,
Et son éclat este tel que toutes les armures, tous les masques en sont faussés.
Ce que la main a pris dédaigne même de prendre la forme de la main,
Ce qui a été compris n´existe plus,
L´oiseau s´est confondu avec le vent,
Le ciel avec sa vérité,
L´homme avec sa réalité.
O ESPELHO DE UM MOMENTO
Ele dissipou o dia,
Ele mostrou aos homens as imagens dispersas da aparência,
Ele retirou dos homens a possibilidade de se distrair.
Ele é duro como a pedra,
Como a pedra disforme,
Como a pedra do movimento e da visão,
E seu clarão tal que todas as armaduras, todas as máscaras são nele deformadas.
O que a mão pegou mesmo desdenhosa pegou a forma da mão,
O que foi compreendido não existe mais,
O pássaro se confundiu com o vento,
O céu com sua verdade,
O homem com sua realidade.
Ilustração: http://www.celsobarbieri.co.uk/barbieri/espelho/images/espelho.jpg
Friday, October 24, 2008
A INOCÊNCIA É SEMPRE BELA
Doce menina
“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo.” (São João 15,12).
Por mais bela que fosse e encantadora
Jamais compreendi seu modo de ser-
Tenho de dizer.
Gostava de frisar que é tolice ler-
Mesmo sendo uma voraz leitora de quadrinhos e bulas de remédios.
Preguiçosa se negava a ir aos museus e exposições
Me explicando que, entre suas noções,
Esteticamente ver palhaços tristes, capas de revistas velhas
E rabiscar corações, por não ter o que fazer,
Eram atividades mais sérias.
Não se cansava de dizer
Que, por hábito e precaução,
Preferia os percevejos e as pulgas
A estar com as pessoas,
Mas ria à-toa-
O que me parecia sempre um sinal de humanidade-
Apesar de sua maldade
Ser evidente
No prazer que sentia
Em matar moscas,
Cortar pernas de aranhas
E sempre fazer carinho nos gatos
Antes de jogá-los pela janela
Com o mesmo prazer
Com que dizia amar a todos os seres.
Ilustração: http://www2.uol.com.br/cabelos/reportagens/img/inocencia1.jpg
“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo.” (São João 15,12).
Por mais bela que fosse e encantadora
Jamais compreendi seu modo de ser-
Tenho de dizer.
Gostava de frisar que é tolice ler-
Mesmo sendo uma voraz leitora de quadrinhos e bulas de remédios.
Preguiçosa se negava a ir aos museus e exposições
Me explicando que, entre suas noções,
Esteticamente ver palhaços tristes, capas de revistas velhas
E rabiscar corações, por não ter o que fazer,
Eram atividades mais sérias.
Não se cansava de dizer
Que, por hábito e precaução,
Preferia os percevejos e as pulgas
A estar com as pessoas,
Mas ria à-toa-
O que me parecia sempre um sinal de humanidade-
Apesar de sua maldade
Ser evidente
No prazer que sentia
Em matar moscas,
Cortar pernas de aranhas
E sempre fazer carinho nos gatos
Antes de jogá-los pela janela
Com o mesmo prazer
Com que dizia amar a todos os seres.
Ilustração: http://www2.uol.com.br/cabelos/reportagens/img/inocencia1.jpg
UMA POETISA ARGENTINA
Dame tu brazo, amor, y caminemos,
Julia Prilutzky
Julia Prilutzky
Dame tu brazo, amor, y caminemos,
dame tu mano y sírveme de guía.
Ya no quiero saber si es noche o día:
mis ojos estánciegos.Avancemos.
Dame tu estar, amor, en los extremos,
tu presencia y tu infiel sabiduría:
por los caminos de la sangre mía
ya no sé si es que vamos o volvemos.
Y no me digas nada. No es preciso.
Deja que vuelva al pórtico indeciso desde donde no escucho ni presencio:
Todo fue dicho ya, tan a menudo,
que ahora tengo miedo, amor, y dudo
de aquello que está al borde del silencio.
Dá-me teu braço, amor, e caminhemos
Dá-me teu braço, amor, e caminhemos,
Dá-me tua mão e serve-me de guia
Já não quero saber se é noite ou dia:
Meus olhos são cegos. Avancemos.
Da-me teu ser, amor, com teus extremos,
Tua presença e tua infiel sabedoria:
Pelas modos que meu sangue se esvaía
Já não sei se vamos ou se voltamos.
E não me digas nada. Não é preciso.
Deixa que eu volte ao portão indeciso
De onde não te escuto nem te presencio:
Tudo foi dito já, assim tão repetido,
Que agora tenho medo, amor, e duvido
Daquilo que está à beira do silêncio.
Dá-me teu braço, amor, e caminhemos
Dá-me teu braço, amor, e caminhemos,
Dá-me tua mão e serve-me de guia
Já não quero saber se é noite ou dia:
Meus olhos são cegos. Avancemos.
Da-me teu ser, amor, com teus extremos,
Tua presença e tua infiel sabedoria:
Pelas modos que meu sangue se esvaía
Já não sei se vamos ou se voltamos.
E não me digas nada. Não é preciso.
Deixa que eu volte ao portão indeciso
De onde não te escuto nem te presencio:
Tudo foi dito já, assim tão repetido,
Que agora tenho medo, amor, e duvido
Daquilo que está à beira do silêncio.
Thursday, October 23, 2008
QUANDO MENOS SE ESPERA
Wednesday, October 22, 2008
MARTÍ
Cuando me puse a pensar
José Martí
Cuando me puse a pensar
La razón me dio a elegir
Entre ser quien soy, o ir
El ser ajeno a emprestar,
Mas me dije: si el copiar
Fuera ley, no nacería
Hombre alguno, pues haría
Lo que antes de él se ha hecho:
Y dije, llamando al pecho, ¡
Sé quien eres, alma mía!?
Quando eu me pus a pensar
Quando eu me pus a pensar
A razão me disse para escolher
Entre ser quem sou, ou para ser
Um ser alheio, a outro me emprestar,
Mas disse a mim se mesmo: se copiar
Fosse a lei, não nasceria
Homem algum, pois se faria
O que antes se havia feito:
E eu disse, chamando-te ao peito,
Quem és tu, minha alma?
José Martí
Cuando me puse a pensar
La razón me dio a elegir
Entre ser quien soy, o ir
El ser ajeno a emprestar,
Mas me dije: si el copiar
Fuera ley, no nacería
Hombre alguno, pues haría
Lo que antes de él se ha hecho:
Y dije, llamando al pecho, ¡
Sé quien eres, alma mía!?
Quando eu me pus a pensar
Quando eu me pus a pensar
A razão me disse para escolher
Entre ser quem sou, ou para ser
Um ser alheio, a outro me emprestar,
Mas disse a mim se mesmo: se copiar
Fosse a lei, não nasceria
Homem algum, pois se faria
O que antes se havia feito:
E eu disse, chamando-te ao peito,
Quem és tu, minha alma?
BÉCQUER
Rima IX
Gustavo Adolfo Bécquer
Besa el aura que gime blandamente
Gustavo Adolfo Bécquer
Besa el aura que gime blandamente
las leves ondas que jugando riza;
el sol besa a la nube en occidente
y de púrpura y oro la matiza;
la llama en derredor del tronco ardiente
por besar a otra llama se desliza;
y hasta el sauce, inclinándose a su peso,
al río que le besa, vuelve un beso.
Rima IX
Beija o alvorecer que acaricia mansamente
as ondas ligeiras jogados à brisa;
os beijos do sol à nuvem no ocidente
de púrpura e de ouro a matiza;
a chama ao redor do tronco ardente
por beijar a outra chama se desliza;
e até o salgueiro, inclinando-se a seu peso,
ao rio que lhe beija, devolve um beijo.
Rima IX
Beija o alvorecer que acaricia mansamente
as ondas ligeiras jogados à brisa;
os beijos do sol à nuvem no ocidente
de púrpura e de ouro a matiza;
a chama ao redor do tronco ardente
por beijar a outra chama se desliza;
e até o salgueiro, inclinando-se a seu peso,
ao rio que lhe beija, devolve um beijo.
Tuesday, October 21, 2008
ATÉ OS PÁSSAROS...
RECIBO
Há um mundo novo de possíveis
No impossível encanto
Com que me prendes
Na malha da tua beleza.
Sei que meu corpo voa livre,
Mas, minha alma vive eternamente presa
No doce arsenal de tuas armadilhas de carinhos
E jamais um prisioneiro gostou tanto da prisão
E canto feliz como os mansos passarinhos
Que vivem a comer nas tuas mãos.
Ilustração: Tela de Miró (A Mulher rodeada pelo vôo do pássaro).
Há um mundo novo de possíveis
No impossível encanto
Com que me prendes
Na malha da tua beleza.
Sei que meu corpo voa livre,
Mas, minha alma vive eternamente presa
No doce arsenal de tuas armadilhas de carinhos
E jamais um prisioneiro gostou tanto da prisão
E canto feliz como os mansos passarinhos
Que vivem a comer nas tuas mãos.
Ilustração: Tela de Miró (A Mulher rodeada pelo vôo do pássaro).
Monday, October 20, 2008
EMILY NOVAMENTE
I Died For Beauty But Was Scarce
by Emily Dickinson.
I died for beauty but was scarce
by Emily Dickinson.
I died for beauty but was scarce
Adjusted in the tomb,
When one who died for truth was lain
In an adjoining room.
He questioned softly why I failed?"For beauty,"
He questioned softly why I failed?"For beauty,"
I replied."And I for truth, the two are one;
We brethren are," he said.
And so, as kinsmen met a night,
And so, as kinsmen met a night,
We talked between the rooms,
Until the moss had reached our lips,
And covered up our names.
Eu morri por falta de beleza
Eu morri por falta de beleza
Eu morri por falta de beleza
Ajustada no túmulo,
Quando quem morreu de verdade foi um mentiroso
No quarto adjacente.
Ele questionou-me suavemente por que falhou?
"Pela beleza", eu respondi.
"E eu pela verdade, os dois são um só;
Nós somos irmãos", disse ele.
E assim, como parentes reunidos numa noite,
Conversamos entre as salas,
Até que o musgo alcançou os nossos lábios,
E cobriu os nossos nomes.
ODE AS MANGUAÇEIRAS
Ciranda da Embriagadinha
Eu sou uma embriagadinha
Muito linda e feiticeira
Ando tonta pelas ruas
Procurando quem me queira.
Eu sou uma embriagadinha
Vivo de cerva e cachaça
Ando solta pelas ruas
E abusei da manguaça.
Refrão dos pastores:
Beba menos, minha bebinha,
Caia fora deste bar
Cê não abuse da caninha
Que o negão vai te pegar!
Eu sou uma embriagadinha
Muito linda e feiticeira
Ando tonta pelas ruas
Procurando quem me queira.
Eu sou uma embriagadinha
Vivo de cerva e cachaça
Ando solta pelas ruas
E abusei da manguaça.
Refrão dos pastores:
Beba menos, minha bebinha,
Caia fora deste bar
Cê não abuse da caninha
Que o negão vai te pegar!
Sunday, October 19, 2008
O PRINCIPAL MOTIVO DA LEI Nº 11.705
O BRASIL AGORA TEM UMA LEI QUE NOS APROXIMA DA JORDÂNIA, DO QUATAR...
Bebe o chefe de polícia
Sua pinguinha escondido.
O padre de tão sabido
Toma seus tragos na missa.
Eu também tive notícia
De tanto por aí se dizer
Que foi por nada saber
Que o nosso presidente
Fez a lei seca pra gente
Prá muito mais só beber
Ilustração: www.touzoando.com.br
FOLCLORE RONDONIENSE
Dizem que a tal Rondônia
É um lugar muito arriscado
Além dos bichos que tem
E seres mal-assombradosTem a mãe da seringueira
que dizem ser feiticeira
que faz do brabo azarado
Quando se vai tirar leite
Se escuta o aviso mau
De que na frente é a vez
Do ser que corta o pau
Se quiser teimar em cortar
Todo o leite que tirar
Não dá pra fazer um mingau
Friday, October 17, 2008
DICKINSON
Emily Dickinson
If I can stop one heart from breaking,
If I can stop one heart from breaking,
I shall not live in vain;
If I can ease one life the aching,
Or cool one pain,
Or help one fainting robin
Unto his nest again,
I shall not live in vain.
Se eu pudesse parar num momento o coração,
Se eu pudesse parar num momento o coração,
Eu não vivi em vão;
Se eu pudesse fazer mais fácil o fluir da vida,
Ou diminuir uma dor,
Ou ajudar alguém num desmaio
Esquento novamente o seu ninho,
Eu não vivi em vão.
SAUDADES DO SERTÃO
Cantiga do boi voador
Quem foi que roubou meu boi?
Meu boi quem foi que roubou?
Era um boi tão bem cuidado
Como podem ter levado?
Zás..trás e meu boi sumiu
Não levantou nem poeira
Na boiada ninguém viu
Só pode ser brincadeira.
Não se tem notícias dele
E ninguém sabe de nada
Como pode um boi assim
Sumir na curva da estrada.
Ó história mal contada
Esta de meu boi sumir
Sem deixar sombra nem nada
Quem foi que roubou meu boi?
Meu boi quem foi que roubou?
Era um boi tão bem cuidado
Como podem ter levado?
Zás..trás e meu boi sumiu
Não levantou nem poeira
Na boiada ninguém viu
Só pode ser brincadeira.
Não se tem notícias dele
E ninguém sabe de nada
Como pode um boi assim
Sumir na curva da estrada.
Ó história mal contada
Esta de meu boi sumir
Sem deixar sombra nem nada
Ninguém sabe, ninguém viu
Como vou poder olhar
Nos olhos do meu amor
Quando a tiver que contar
Que alguém meu boi roubou.
A poeira como uma mágica
Como vou poder olhar
Nos olhos do meu amor
Quando a tiver que contar
Que alguém meu boi roubou.
A poeira como uma mágica
Cobriu meu boi como um véu
Só tem uma explicação:
Meu boi foi parar no céu.
Meu boi foi parar no céu.
Wednesday, October 15, 2008
COMPUTA, COMPUTADOR
The Super Computer
Augustus J Venselaar
In a big coastal city they built a huge computer.
Augustus J Venselaar
In a big coastal city they built a huge computer.
The man in charge of the department, a straight shooter.
Invited the lord mayor and some others too.
For a grand viewing, to show what it could do.
On this computer is everything known about everyone.
On this computer is everything known about everyone.
Everything in this city, they have ever said and done.
The smallest or the largest bit of information.
Can be obtained from this computer station.
One person, loud, obnoxious, florid faced, a millionaire.
One person, loud, obnoxious, florid faced, a millionaire.
said "I was born in this town, I'm nothing ordinaire.
Can this machine tell me where my father is today?"
"With the right question I'll have an answer without delay."
"Okay, ask it if it knows where my father is.
"Okay, ask it if it knows where my father is.
"The CP printout said, "On Wivenhoe dam catching fish."
"Aha, my father has been dead for more than a year.
Your computer has completely fouled up I fear.
What that is impossible! I'll ask it in a different way.
What that is impossible! I'll ask it in a different way.
The man your mother married is buried under the clay.
But your father my good man, you must listen.
Is with his mates at Wivenhoe dam fishing.
O super computador
Numa grande cidade marítima criaram um enorme computador.
O super computador
Numa grande cidade marítima criaram um enorme computador.
O homem encarregado do departamento, um homem bom de promoção,
Convidou o senhor prefeito e mais outros ilustres moradores
Para uma grande exibição, para mostrar a máquina em ação.
O que podia fazer um computador que sabia de tudo e sobre todos.
Sendo capaz de sobre a cidade informar o que tinham dito e feito.
O menor ou o maior bit de informação, ou seja, informação a rodo
Que podia ser obtida com, do computador, a estação.
Uma pessoa, em voz alta, ofensiva, com rubor na face, um milionário,
disse: "Eu nasci nesta cidade, eu não sou um ordinário.
Esta máquina pode me dizer onde está o meu pai hoje, agora?
"Com a pergunta certa se pode ter uma resposta sem demora."
"Ok, pergunte se ela sabe onde está o meu pai na dúvida não me deixe".
A Central Processadora imprimiu: "Em Wivenhoe na barragem capturando peixe."
"Ah!, o meu pai foi morto há mais de um ano.
Seu computador errou completamente a resposta temo foi um engano.
O que isto é impossível! Vou colocá-la de outro modo.
O homem casado com sua mãe está sob o barro bem enterrado,
Mas seu pai, meu bom homem, você tem que ouvir o que estou falando
Mas seu pai, meu bom homem, você tem que ouvir o que estou falando
Está com a vaca em Wivenhoe e seus companheiros pescando.
Tuesday, October 14, 2008
LANGSTOM HUGHES...
MOSQUERIZADO, OF THE COURSE
Juke Box Love Song
by Langston Hughes
I could take the Harlem nightand wrap around you,
Take the neon lights and make a crown,
Take the Lenox Avenue busses,
Taxis, subways,
And for your love song tone their rumble down.
Take Harlem's heartbeat,
Make a drumbeat,Put it on a record, let it whirl,
And while we listen to it play,
Dance with you till day-
-Dance with you, my sweet brown Harlem girl.
A Canção de amor na vitrola
A Canção de amor na vitrola
Eu poderia pegar a noite do Mosqueiro
e envolvê-la em torno de você,
Pegar as luzes de néon e fazer uma coroa,
Pegar os ônibus da rua do Hotel Farol,
Táxis, barcos,
E fazer uma canção para seu amor e sua batalha bem baixinho.
Tomar o som das águas do Mosqueiro como um batimento cardíaco,
E fazer uma canção tipo “bate-estaca”,
E fazer uma canção tipo “bate-estaca”,
Colocá-la num registro, deixá-la tocar,
E enquanto nós ouvirmos o som,
Dançar com você até dia amanhecer
Dançar com você, minha doce moleca do Mosqueiro.
Monday, October 13, 2008
NÃO SE APRESSE....
Paixão adormecida
O risco de dizer que te amo é enorme.
Dentro de mim um dragão de prazer dorme.
Lamento a santa inocência de teu olhar
Que, sem mim, não há de saber o que é gozar.
E rio dos que, inutilmente, te cortejam.
Sei que somente os mosquitos te beijam.
E sei também que a paixão adormecida
Mais cedo ou mais tarde há de criar vida.
Na espera só choro as horas perdidas.
Ilustração: beatriz30-beatriz.blogspot.com/2008/01/sem-dv...
Friday, October 10, 2008
É SÓ A SAUDADE...
O meu amor
É melhor deixar
Que o tempo explique tudo.
De nada adiantam as palavras
Sem teus braços, sem teu corpo, sem tua língua
Que é, inexplicavelmente, doce.
A flor do bem e do mal
Pode ter o mesmo nome
E só a explosão do prazer
Justificaria o palavrão
Com que pretendo te agraciar.
Ainda que ferir seja a maior forma de amar.
É melhor deixar
Que o tempo explique tudo.
De nada adiantam as palavras
Sem teus braços, sem teu corpo, sem tua língua
Que é, inexplicavelmente, doce.
A flor do bem e do mal
Pode ter o mesmo nome
E só a explosão do prazer
Justificaria o palavrão
Com que pretendo te agraciar.
Ainda que ferir seja a maior forma de amar.
OUTRO SONETO DE WILLIAM
62
William Shakespeare
Sin of self-love possesseth all mine eye
And all my soul and all my every part;
And for this sin there is no remedy,
It is so grounded inward in my heart.
Methinks no face so gracious is as mine,
No shape so true, no truth of such account;
And for myself mine own worth do define,
As I all other in all worths surmount.
But when my glass shows me myself indeed,
Beated and chopp'd with tann'd antiquity,
Mine own self-love quite contrary I read;
Self so self-loving were iniquity.
'Tis thee, myself, that for myself I praise,
Painting my age with beauty of thy days.
62
O pecado do amor-próprio possui todo o meu olhar
William Shakespeare
Sin of self-love possesseth all mine eye
And all my soul and all my every part;
And for this sin there is no remedy,
It is so grounded inward in my heart.
Methinks no face so gracious is as mine,
No shape so true, no truth of such account;
And for myself mine own worth do define,
As I all other in all worths surmount.
But when my glass shows me myself indeed,
Beated and chopp'd with tann'd antiquity,
Mine own self-love quite contrary I read;
Self so self-loving were iniquity.
'Tis thee, myself, that for myself I praise,
Painting my age with beauty of thy days.
62
O pecado do amor-próprio possui todo o meu olhar
E toda a minha alma, e toda parte de mim;
E para este pecado não há remédio a se tomar,
E para este pecado não há remédio a se tomar,
Tão arraigado está em meu coração no fim.
Eu penso que não há rosto igual quando me fito,
Nem figura humana com tanto ou maior calor;
E, para mim mesmo, elogio o meu próprio mérito,
E vejo-o, quando me comparo, ainda muito maior.
Porém, quando o espelho me mostra de verdade,
Golpeado e enrugado pela antiguidade,
Este amor-próprio ao contrário do que leio;
Semelhante amor me parece iniqüidade.
És tu, eu, que para mim mesmo eu elogio,
Pintura da minha idade, a beleza do teu dia.
Thursday, October 09, 2008
UM POEMA DE LI BAI
Drinking Alone Under The Moon
Li Bai
Among the flowers from a pot of wine
I drink alone beneath the bright moonshine.
I raise my cup to invite the moon, who blends
Her light with my shadow and we're three friends.
The moon does not know how to drink her share;
In vain my shadow follows me here and there.
Together with them for the time
I stay And make merry before spring's spend away.
I sing the moon to linger with my song;
My shadow disperses as I dance along.
Sober, we three remain cheerful and gay;
Drunken, we part and each goes his way.
Our friendship will outshine all earthly love;
Next time we'll meet beyond the stars above.
Bebendo sozinho sob a lua
Uma jarra de vinho entre as flores,
Eu bebo sozinho sob o luar brilhante
Eu levanto o copo e convido a lua,
Com a sua luz e a minha sombra somos três.
Ah, mas a lua não sabe beber,
E a sombra só sabe me acompanhar aqui e acolá.
Juntamente com ela eu permaneço
Para fruir a Primavera, festejar.
Eu canto e passeia no ar minha canção.
Eu danço e minha sombra dança comigo.
Lúcidos, nós três desfrutamos os suaves prazeres,
bêbados, cada um segue seu caminho.
Que possamos repetir muitas vezes
nossa festa singular na terra
E que possamos novamente nos encontrar sob as estrelas.
Ilustração: http://poetasdomundo.blogspot.com/2007/01/li-bai.html
Li Bai
Among the flowers from a pot of wine
I drink alone beneath the bright moonshine.
I raise my cup to invite the moon, who blends
Her light with my shadow and we're three friends.
The moon does not know how to drink her share;
In vain my shadow follows me here and there.
Together with them for the time
I stay And make merry before spring's spend away.
I sing the moon to linger with my song;
My shadow disperses as I dance along.
Sober, we three remain cheerful and gay;
Drunken, we part and each goes his way.
Our friendship will outshine all earthly love;
Next time we'll meet beyond the stars above.
Bebendo sozinho sob a lua
Uma jarra de vinho entre as flores,
Eu bebo sozinho sob o luar brilhante
Eu levanto o copo e convido a lua,
Com a sua luz e a minha sombra somos três.
Ah, mas a lua não sabe beber,
E a sombra só sabe me acompanhar aqui e acolá.
Juntamente com ela eu permaneço
Para fruir a Primavera, festejar.
Eu canto e passeia no ar minha canção.
Eu danço e minha sombra dança comigo.
Lúcidos, nós três desfrutamos os suaves prazeres,
bêbados, cada um segue seu caminho.
Que possamos repetir muitas vezes
nossa festa singular na terra
E que possamos novamente nos encontrar sob as estrelas.
Ilustração: http://poetasdomundo.blogspot.com/2007/01/li-bai.html
NUNCA É TÃO BOM....
The Kiss
Sara Teasdale
I hoped that he would love me,
And he has kissed my mouth,
But I am like a stricken bird
That cannot reach the south.
For though I know he loves me,
To-night my heart is sad;
His kiss was not so wonderful
As all the dreams I had.
O Beijo
O Beijo
Eu esperava que ele me amasse,
E ele já beijou a minha boca,
Mas eu sou como um pássaro ferido
Que não pode alcançar o sul.
Por que eu sei que ele me ama,
Esta noite o meu coração está triste;
Seu beijo não foi assim tão maravilhoso
Quanto em todos os sonhos que tive.
COM VOCÊS....CERVANTES!
Busco en la Muerte la Vida
Miguel Cervantes
Busco en la muerte la vida,
Miguel Cervantes
Busco en la muerte la vida,
salud en la enfermedad,
Estabelecimento Prisional en la libertad,
en lo cerrado salida
y en el traidor lealtad.
Pero mi suerte, de quien
jamás espero algún bien,
con el cielo ha estatuido,
que, pues lo imposible pido
lo posible aún no me den.
Busco na Morte a vida
Eu busco na morte a vida,
Saúde na doença,
Na prisão, liberdade,
Nas cercas, uma saída
No traidor lealdade.
Mas o meu destino, de quem
Jamais espero algum bem;
Pelo céu estatuído,
É que o impossível peço,
Ainda que o possível não me dêem.
BÉCQUER OUTRA VEZ
Amor Eterno
Gustavo Adolfo Bécquer
Podrá nublarse el sol eternamente;
Podrá secarse en un instante el mar;
Podrá romperse el eje de la tierra
Como un débil cristal.
Todo sucederá!
Podrá la muerte cubrirme con su fúnebre crespón;
pero jamás en mí podrá apagarse
la llama de tu amor.
Amor eterno
Poderá o céu nublar-se eternamente;
Poderá secar num instante o mar;
Poderá romper-se o eixo da terra
Fraco como um crsital.
Tudo sucederá!
Poderá a morte
Cubrir-me com seu manto fúnebre;
Porém, em mim, jamais poderá se apagar
A chama de teu amor.
Amor eterno
Poderá o céu nublar-se eternamente;
Poderá secar num instante o mar;
Poderá romper-se o eixo da terra
Fraco como um crsital.
Tudo sucederá!
Poderá a morte
Cubrir-me com seu manto fúnebre;
Porém, em mim, jamais poderá se apagar
A chama de teu amor.
Wednesday, October 08, 2008
EMILY RIDES AGAIN
A sepal, petal, and a thorn
by Emily Dickinson
A sepal, petal, and a thorn
Upon a common summer's morn
A flask of Dew - A Bee or two
A Breeze - a caper in the trees
And I'm a Rose!
A sépala, a pétala, e um espinho
A sépala, a pétala, e um espinho
A sépala, a pétala, e um espinho
Sobre um morno verão comum
Um pouco de sereno - Uma abelha ou duas
Uma Brisa - um salto nas árvores
E eu tenho uma Rosa!
MUITAS VEZES É VERDADE
Diga o que disseres
Se tu me disseres
que não mais me amas
não entrarei em desespero
nem molharei mais travesseiros
com rios de lágrimas.
Sei que tu te enganas.
Porém, se tu me disseres
que não me abandonarás
direi que não acredito em ti mais;
que, em cada porta, me traías
e cada vez mais me trairás
e só ficas comigo por ser confortável.
Se tu me disseres
que não mais me amas
não entrarei em desespero
nem molharei mais travesseiros
com rios de lágrimas.
Sei que tu te enganas.
Porém, se tu me disseres
que não me abandonarás
direi que não acredito em ti mais;
que, em cada porta, me traías
e cada vez mais me trairás
e só ficas comigo por ser confortável.
Tuesday, October 07, 2008
POEMAS CURTOS DE AUDEN
Three Short Poems
W.H. Auden
"The underground
Are, as the dead prefer them,
W.H. Auden
"The underground
Are, as the dead prefer them,
Always tortuous."
"When he looked the cave in the eye,
"When he looked the cave in the eye,
Hercules
Had a moment of doubt."
"Leaning out over
"Leaning out over
The dreadful precipice,
One contemptuous tree."
Três poemas curtos
"Sob a terra
Três poemas curtos
"Sob a terra
São, como eles preferem os mortos,
Sempre bem enterrados".
"Quando olhou as órbitas dos olhos,
Hercúles
Teve um momento de dúvida. "
"Despencando ao longo
Do terrível precipício,
Uma desdenhosa árvore. "
Quiet Girl
by Langston Hughes
I would liken you
To a night without stars
Were it not for your eyes.
I would liken you
To a sleep without dreams
Were it not for your songs.
A Garota calma
I would liken you
To a night without stars
Were it not for your eyes.
I would liken you
To a sleep without dreams
Were it not for your songs.
A Garota calma
Eu gostaria de te tornar semelhante
A uma noite sem estrelas
Se não por teus olhos.
Eu gostaria de te tornar semelhante
A um sono sem sonhos
Se não fosse por tuas músicas.
Monday, October 06, 2008
QUASIMODO
Saturday, October 04, 2008
UM POETA CANADENSE
The Pearl
Shahriar Shahriari
There are many fish in the ocean that swim and swirl
Shahriar Shahriari
There are many fish in the ocean that swim and swirl
But it's the oyster that turns water into Pearl;
Ideas numerous, as many drops as the ocean can hold
But it's the person who can turn ideas into gold.
A pérola
Existem muitos peixes que nadam no oceano e a turbulência
A pérola
Existem muitos peixes que nadam no oceano e a turbulência
Mas é a ostra que transforma água em Pérola;
Inúmeras idéias, como muitas gotas no oceano podemos segurar,
Mas ela é a pessoa que pode transformar às idéias em ouro.
Life's Theft
Often in life I choose a goal
Life's Theft
Often in life I choose a goal
And proceed to play my role.
If life's goal from me didn't hide
I'd never have agreed to its stride.
If we knew of life's theft
None would have come, stayed, or left.
Our mortal shells, a temporal Show
Eternal souls eternally glow.
O roubo da vida
O roubo da vida
Muitas vezes na vida eu escolhi uma meta
E prossegui para desempenhar meu papel.
Se minha meta não foi escondida
Eu nunca teria concordado em desejá-la
Se soubéssemos do roubo da vida
Nada teria chegado a ser, fiquei parado ou à esquerda.
Nossas conchas mortais, uma mostra temporal
De almas eternas eternamente em brasas.
Fish Dish
Give a man a fish to make a dish
Fish Dish
Give a man a fish to make a dish
And you will feed him for a day
But teach a man how to fish
And help keep his hunger away.
Um prato de peixe
Dê a um homem um peixe para fazer um prato
Um prato de peixe
Dê a um homem um peixe para fazer um prato
E você vai alimentá-lo por um dia
Mas se ensinar um homem como pescar
Vai ajudá-lo a afastar a fome para sempre.
Falsehood
Those who are proud, have false pride
Those who are proud, have false pride
Those who are loud, must have lied
Those who are fraud, themselves fried
Those light as cloud, easily glide.
Falsidade
Falsidade
Os que são orgulhosos, tem falso orgulho
Os que são fortes, devem ter mentido
Os que são a fraudulentos, fraudam a si próprios
Os que são brilhantes como as nuvens, deslizam facilmente.
Friday, October 03, 2008
ELA, A QUE SEMPRE NOS SUSTENTA
Hope
By Sri Chinmoy
Sweet is my hope.
By Sri Chinmoy
Sweet is my hope.
Pure is the life of my hope.
With my sweet hope
I try to reach the higher worlds.
With my pure hope
I try to fathom my inner worlds.
But alas,
In neither way do I succeed.
I fail,I miserably fail.
Esperança
Doce é a minha esperança.
Esperança
Doce é a minha esperança.
Pura é a vida da minha esperança.
Com a minha doce esperança
Eu tento chegar ao mais alto dos mundos.
Com a minha pura esperança
Tento entender meus mundos interiores.
Mas, infelizmente,
De maneira nenhuma consigo.
Eu fracasso,
Eu fracasso miseravelmente.
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