EFFETE
POEM
Kay
Gabriel
I will
never write like Edwin Denby.
I wouldn’t change a thing about him.
Keep
being Edwin, Edwin, as effete
as a dance critic for the New York Herald Tribune.
Is being
effete something you can practice, like dance steps
in private when a prima did them first?
If so,
I’ve had lots and lots of practice.
I started by brushing my hair on the bus,
Two-year-old
hair on a twelve-year-old head.
Then a man, a stranger, said, “I know you, boss,
you’re
always brushing your hair.”
Not quite a “Put that back.” Certainly a “Hey, you,”
With a
cunty something tailing the sentence like an unmarked car.
If I ran away from him, I must have done so effetely.
I ran all
the way to 2011.
On the way, I passed Le Château. Remember Le Château? No, you don’t.
You’re
not effete enough.
I passed uploaded videos of Eartha Kitt,
Quentin
Crisp, Fran Drescher, and the female gremlin.
By then nothing seemed very effete.
I lived
with a man who liked it when men
called him boss. They did it when he pumped his gas.
He said
it made him feel adequate:
right size, right shape. Even the hair on his hands was right.
Some
effete people keep hair on their hands.
Some effete people are women.
Scientists
say: it’s the phytoestrogens in the
water supply, in Hamilton, Ontario.
Critics
say: she wanted a nice life,
in Passaic, with durable consumer goods.
Are these
all images of money?
I’ll never have been born to it, Edwin,
As a
diplobrat in Tianjin. At the time of my
death, a Swiss boyfriend will not
describe
me as a “modern who smoked
opium with Cocteau.”
I’m not
effete enough.
I must do something about that.
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POEMA EFEMINADO
Eu nunca escreverei como Edwin Denby.
Eu não poderia trocar qualquer coisa nele.
Permanece sendo Edwin, Edwin, tão efeminado
como um crítico de dança do New York Herald Tribune.
Ser efeminado é alguma coisa que você pode praticar,
como passos de dança
em particular quando uma prima os fez primeiro?
Se é assim, eu tive um lote e muitos lotes de prática.
Eu comecei escovando meu cabelo no ônibus,
Cabelo de dois anos em uma cabeça de doze anos.
Então um homem, um estranho, disse: "Eu te
conheço, chefe,
você está sempre escovando seu cabelo."
Não é bem um "Ponha isso de volta."
Certamente um "Ei, você,"
Com um cuzão qualquer coisa seguindo a frase como um
carro sem identificação.
Se eu sempre fugi dele, devo ter feito algo efeminado.
Eu corri até 2011.
No caminho, passei por Le Château. Lembra do Le
Château? Não, você não lembra.
Você não é efeminado o suficiente.
Passei por vídeos enviados de Eartha Kitt,
Quentin Crisp,
Fran Drescher e a gremlin feminina.
Naquela época, nada parecia muito efeminado.
Eu morava com um homem que gostava quando os homens
o chamavam de chefe. Eles faziam isso quando ele
abastecia seu carro.
Ele disse que isso o fazia se sentir adequado:
tamanho certo, formato certo. Até os pelos das mãos
dele estavam certos.
Algumas pessoas efeminadas têm pelos nas mãos.
Algumas pessoas efeminadas são mulheres.
Cientistas dizem: são os fitoestrógenos no
abastecimento de água, em Hamilton, Ontário.
Críticos dizem: ela queria uma vida boa,
em Passaic, com bens de consumo duráveis.
São essas todas as imagens de dinheiro?
Eu nunca terei nascido para isto, Edwin,
Como um diplomata em Tianjin. Na hora da minha
morte, um namorado suíço não
me descreverá como uma “moderna que fumou
ópio com Cocteau”.
Eu não sou efeminada o suficiente.
Preciso fazer alguma coisa sobre isto.
Ilustração: https://live-legacy-admin.nypl.org/blog/2016/05/04/edwin-denby-memory-history.