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A úmida flor
Que minhas mãos desajeitadas colhem
Tépida, febril, nervosa
É carne, fios, líquidos, rosa,
Porta e poço,
Começo e fim,
Jóia esplendorosa,
Realidade de sonho e de loucura
No qual espada e língua
Se confundem
E fazem ver que nada sei
Senão, ò criatura,
Que é mais linda
Que todas que vicejam nos jardins
E jamais terão este delicioso fim.
1 comment:
Querido Poeta,
a sensualidade latente, a beleza desses versos elevam a musa à condição de deusa.
Maravilhoso!
Beijos
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