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Há sempre as sombras, longas sombras,
Por trás dos corredores e portas.
As sombras...assombras...
Nas horas mortas...o grito.
O terror...o medo...o choro aflito.
A dor como uma invisível música de fundo
Que prenuncia o lancinante gemido
E o monótono arrastar das cadeiras e correntes
Que antecipam o calafrio inevitável
Como o espanto, o suor e o desejo de correr.
Ah! O pavor há de me fazer tremer...
Bem sei...mas, valente, seguirei em frente
Por não desconhecer, e não desconhecerei,
Que, por instinto, sei, e pelo que já suei,
Que a indesejada vem atrás
Lenta, lenta, porém, só esperando
O meu cansaço
Com sua foice de frio aço.
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