Thursday, February 25, 2010
SHIMOSE
MECANICA DE LOS CUERPOS
Pedro Shimose
Acaricio tus formas
suaves
como dunas
que no hay;
beso tus pezones
enhiestos y rosados
como un amanecer.
tu cuerpo, emblema
crepitante;
mi alma
tiembla
al puro estado de belleza.
Tus ojos.
Reposa en ti el impulso
de una corriente
azul. Desciende
a mi
tu voz.
La armonía
conquista los espacios
del tiempo
inasequible.
A mecânica dos corpos
Acaricio tuas formas
suaves
como dunas
que não existem;
beijo teus mamilos
eretos e rosados
como um amanhecer.
teu corpo, emblema
crepitante;
minha alma
treme
no puro estado de beleza.
Teus olhos.
Repousa em ti o impulso
de uma corrente
azul. Descendendo
a mim
tua voz.
A harmonia
conquista os espaços
dos tempos
indisponíveis.
BENEDETTI
Memorándum
Mario Benedetti
Uno llegar e incorporarse el día
Dos respirar para subir la cuesta
Tres no jugarse en una sola apuesta
Cuatro escapar de la melancolía
Cinco aprender la nueva geografía
Seis no quedarse nunca sin la siesta
Siete el futuro no será una fiesta
Y ocho no amilanarse todavía
Nueve vaya a saber quién es el fuerte
Diez no dejar que la paciencia ceda
Once cuidarse de la buena suerte
Doce guardar la última moneda
Trece no tutearse con la muerte
Catorce disfrutar mientras se pueda
Memorando
Um chegar e se incorporar ao dia
Dois respirar para subir a encosta
Três não depender de uma só aposta
Quatro escapar da melancolia
Cinco aprender a nova geografia
Seis não ficar nunca sem a sesta
Sete o futuro não será uma festa
E oito ainda não recuar todavia
Nove vamos saber quem é forte
Dez, não deixar que a paciência ceda
Onze cuidar da boa sorte
Doze guardar a última moeda
Treze não se familiarizar com a morte
Quatorze desfrutar enquanto se puder.
Tuesday, February 16, 2010
OUTRA VEZ LEON DE GREIFF
DOBLE CANCION
Leon de Greiff
I
Tengo una sed de vinos capitosos
-venusino furor, pugnas salaces,
ojos enloquecidos por el éxtasis,
bocas ebrias, frenéticos enlaces-.
Tú, Dinarzada, tú fogosa mía,
tú , Melusina, vid de mis deseos:
¡dóname tu lagar tibio y recóndito!
quiero oprimir tus uvas!
y tus vinos
exprimir!
-fulgurante filtro cálido
para mi sed de zumos citereos!
II
Tengo una sed de búdicos nirvanas
-zahareño no oír, callada acidia,
ojos enceguecidos por el éxtasis,
espiritual ardor, psiquica lidia-.
Tú, viaje azul, Deliquia, noche intacta,
Música..., oh tú, mi inasequible dueño:
¡llévame a tus refugios ataráxicos!
quiero tañer tus fibras!
y el prodigio
de tu entraña exprimir
-don inefable
para mi sed de fugas y de ensueños!
Dupla canção
I
Tenho uma sede de vinho capitosos
-um venusiano furor, lutas lascivas,
olhos enlouquecidos pelo êxtase,
bocas ébrias, frenéticos abraços.
Tu, Dinarzada, tu fogosa minha ardente,
Tu, Melusina, vida dos meus desejos:
Doa-me teu lagar quente e recôndito!
Quero pressionar tuas uvas!
e os teus vinhos
espremer!
fulgurante filtro cálido
para minha sede de sucos cítricos!
II
Tenho uma sede de budistas nirvanas
-surdez em ouvir, preguiça silenciosa,
olhos obscurecidos de êxtase
espiritual ardor, luta psíquica.
Tu, viagem, azul, desmaio, noite intacta,
Música ..., oh, tu meu inacessível dono:
Leve-me aos teus refúgios impassíveis!
Quero arranhar tuas fibras!
e o prodígio
de tuas entranhas exprimir
-dom inefável
para a minha sede de fugas e sonhos!
Ilustração: http://cafasorridente.files.wordpress.com/2009/03/magritte_the_rape_1934.jpg
DELMIRA AGUSTINI
El arroyo
Delmira Agustini.
¿Te acuerdas? El arroyo fue la serpiente buena...
Fluía triste y triste como un llanto de ciego
cuando en las piedras grises donde arraiga la pena
como un inmenso lirio se levantó tu ruego.
Mi corazón, la piedra más gris y más serena,
despertó en la caricia de la corriente y luego
sintió cómo la tarde, con manos de agarena,
prendía sobre él una rosa de fuego.
Y mientras la serpiente del arroyo blandía
el veneno divino de la melancolía,
tocada de crepúsculo me abrumó tu cabeza,
la coroné de un beso fatal, en la corriente
vi pasar un cadáver de fuego... Y locamente
me derrumbó en tu abrazo profundo la tristeza.
O rio
Te recordas ? O rio foi a serpente boa ...
Fluía triste, triste como uma canção de cego
quando nas pedras cinzentas, onde a pena está enraizada
como um imenso lírio levantou-se o teu pedido.
Meu coração, a pedra mais cinzenta e mais serena,
despertou na carícia da corrente e, logo
sentia como a tarde, com importunas mãos,
prendia sobre ele uma rosa de fogo.
E, embora a serpente do rio brandisse
o veneno divino de melancolia,
tocada de crepúsculo esmagou tua cabeça,
a coroa de um beijo fatal na corrente
vi passar um cadáver de fogo ... E loucamente
caí no teu abraço profundo de tristeza.
LEON DE GREIFF
VILLA DE LA CANDELARIA
Leon de Greiff
Vano el motivo
desta prosa:
nada...
Cosas de todo día.
Sucesos
banales.
Gente necia,
local y chata y roma.
Gran tráfico
en el marco de la plaza.
Chismes.
Catolicismo.
Y una total inopia en los cerebros...
Cual
si todo
se fincara en la riqueza,
en menjurjes bursátiles
y en un mayor volúmen de la panza.
Vila da Candelária
Vão é o motivo
desta prosa:
nada ...
Coisas todos os dias.
eventos
banais.
Gente néscia
local e chata e maçante.
Grande tráfico
no centro da praça.
Fofocas.
Catolicismo.
E uma miséria total nos cérebros ...
Qual
se tudo
se baseia na riqueza
em mensurações bursáteis
e no maior volume da pança.
Sunday, February 14, 2010
DARIO CAVALIERI
Mauro Montacchiesi
Nei miei sogni c'è...
Mauro Montacchiesi
Nei miei sogni c'è
un cielo
ricco di praterie sterminate,
dove regna la fratellanza,
dove le anime splendono di un' unica luce.
Nei miei sogni c'è
un cielo dove pulsa l'amore,
dove parlarsi,
dove comprendersi.
Nei miei sogni c'è
un cielo
dove tutto questo non sia soltanto utopia.
Lá em meus sonhos ...
Nos meus sonhos existe
um céu
repleto de campos sem limites,
onde reina a fraternidade,
onde as almas brilharão numa única luz.
Nos meus sonhos existe
um paraíso onde pulsa amor,
todos conversam,
onde há a compreensão.
Nos meus sonhos existe
um céu
onde tudo isto não é apenas uma utopia.
GRACE OUTRA VEZ
Tropical Death
Grace Nichols
The fat black woman want
a brilliant tropical death
not a cold sojourn
in some North Europe far/forlorn
The fat black woman want
some heat/hibiscus at her feet
blue sea dress
to wrap her neat
The fat black woman want
some bawl
no quiet jerk tear wiping
a polite hearse withdrawal
The fat black woman want
all her dead rights
first night
third night
nine night
all the sleepless droning
red-eyed wake nights
In the heart
of her mother's sweetbreast
In the shade
of the sun leaf's cool bless
In the bloom
of her people's bloodrest
the fat black woman want
a brilliant tropical death yes
Ilustração: http://delirios.no.sapo.pt/imagens/art05.jpg
Uma morte tropical
A gorda mulher negra quer
uma brilhante morte tropical
não uma permanentemente fria
no norte da Europa distante / abandonada
A gorda mulher negra quer
algum calor / hibiscos a seus pés
vestido azul do mar
a envolvê-la pura
A gorda mulher negra quer
alguns gritos estridentes
nenhum empurrão uma lágrima quieta limpa
uma retirada fúnebre cortês
A gorda mulher negra quer
todos os seus direitos de morto
a primeira noite
a terceira noite
a nona noite
a monotonia cansada de todos os insones
Olhos vermelhos de noites de vigília
No coração
o doce respirar de sua mãe
Na sombra
da folha de sol frio que abençoa
Na flor
sangrenta de seu povo
a gorda mulher negra quer
uma morte brilhante tropical sim.
GRACE NICHOLS
The Fat Black Woman Goes Shopping
Grace Nichols
Shopping in London winter
is a real drag for the fat black woman
going from store to store
in search of accommodating clothes
and de weather so cold
Look at the frozen thin mannequins
fixing her with grin
and de pretty face salesgals
exchanging slimming glances
thinking she don’t notice
Lord is aggravating
Nothing soft and bright and billowing
to flow like breezy sunglight
when she walking
The fat black woman curses in Swahili/ Yoruba
and nation language under her breathing
all this journeying and journeying
The fat black woman could only conclude
that when it come to fashion
the choice is lean
Nothing much beyond size 14
A negra gorda vai ao Shopping
Comprar em Londres no inverno
é uma chatice para a uma negra gorda
indo de loja em loja
em busca de roupas adequadas
para um clima tão frio
Olha para os congelados manequins
fixos com suas expressões faciais
de metas de vendas e rosto bonito
trocando olhares de emagrecimento
pensando que ela não percebe
Um senhor agravante
Nada macio e brilhante e ondulado
a fluir como a luz do sol brilhante
quando ela andar
A gordura preta maldições mulher em suaíli / ioruba
e a linguagem da nação sob sua respiração
tudo isto viajando e viajando
A gorda negra só poderia concluir
que, quando chegar a moda
a escolha é magra
Nada muito além do tamanho 14.
Ilustração: abril.com
AMANDA BERENGUER
Poniente sobre el mar
Amanda Berenguer
Porque hunde usted
su cabeza cortada en el filo
del agua azul marino
su cabeza entre pájaros suspensos
nubes altas pendientes
del tono final de las guindas
porque desciende usted rojo
al patíbulo del horizonte
señor del día poderoso y vencido
soporto la sombra el engaño
las pesadillas los murciélagos
el soplo negro que llega del mar
porque sé que renace usted
sin escrúpulos
mañana al amanecer.
Caindo sobre o mar
Porque afundas a cabeça
cortada pelo fio
da água azul marinho
tua cabeça entre pássaros suspensos
pendentes das nuvens altas
dos tons finais das cerejas
porque descendes do vermelho
ao patíbulo do horizonte
senhor do dia poderoso e vencido
suportas a sombra o engano
os pesadelos os morcegos
o sopro negro que chega do mar
porque sei que renasces
sem escrúpulos
de manhã ao amanhecer
COCO AINDA
En la casa de la hechicera
Francisco Madariaga (Coco)
1
Como sólo canta un corazón cuando sangra
fidelidad
canta mi ángel ciego recorriendo a caballo
toda la aventura de su vida.
2
Con las manos y una sonrisa pedíle la bendición
a tu amiga la hechicera,
antes de besar los cabellos y los labios de una
muchacha descalza,
que se baña con agua de laguna.
Na casa da feiticeira
1
Como um coração que só canta quando sangra
fidelidade
canta meu anjo cego percorrendo a cavalo
toda a aventura de sua vida.
2
Com as mãos e um sorriso pedi a bênção
a tua amiga, a feiticeira,
antes de beijar os cabelos e os lábios de uma
moça descalça,
que se banha com a água da lagoa.
Ilustração: http://desinformacoes.files.wordpress.com/2009/08/feiticeira-escarlate.jpg
COCO
Otra vez
Francisco Madariaga (Coco)
Pasaban los trenes
como telas extendidas
por un Dios blanco,
y yo, rendido a los cocoteros.
Cantaban las palomas
en la paz del misterio de las
casuarinas,
y otra vez mordían mi corazón
las palabras de las hadas,
con la levedad que tienen los
bandoleros del sueño,
me entregaban a la sangre de la poesía.
? Te acuerdas, gaucho arcaico,
del jinete que dormía con su
redomón en los palmares?
Outra vez
Os trens passavam
como telas estendidas
por um Deus branco,
e eu, rendido aos coqueiros.
As rolinhas cantavam
na paz do mistério das
casuarinas,
e outra vez mordiam meu coração
as palavras das fadas,
com a leveza que têm os
bandoleiros do sonho,
me entregavam ao sangue da poesia.
Te recordas, gaúcho arcaico,
do cavaleiro que dormia com seu
cavalo selvagem nos palmeirais?
Ilustração: manutita.blogspot.com/
Saturday, February 13, 2010
INDIO ZAMMIT
"Elegí fracasar"
Indio Zammit,
Cuando el taxista enjaulado se comió mi alpiste
supe que el canario era yo.
Hasta entonces sólo había aprendido
que el río salado da sed.
Me persiguieron en la lonja,
me atraparon y me sometí sumiso a la carne.
Al vino también.
La esquina era un baño con señor de los lavabos,
baldosín blanco amarillento y mirada no me fío.
—No llevo suelto pero volveré—.
McArthur dijo algo similar en Filipinas.
Cuando volví él no podía creer
que hubiera mantenido mi palabra.
Tampoco era para tanto.
Agustín salió de Padrón en la adolescencia y debe rondar los setenta,
pero cuando hablé de su pueblo fue como apretar un botón en la nuca
de un androide.
El hipnótico acento uruguayo mutó a gallego.
Llenó de preguntas mis preguntas;
sonrió con la boca de lado;
asintió a medias;
casi afirmó una vez
y sugirió (más o menos)
un anisado de limón.
Y la cuerda vibró
empujada por la uña de un paisano con talento.
Yo quería tango,
él agasajó con Serrat,
porque Serrat es gallego de Cataluña, decía.
Canjeé cantar Serrat (los estribillos)
por la dirección de un bar de tangos (y unos tragos correspondidos).
El local era Zum-Zum.
Lloró la milonga hasta llenar vasos de uvita.
Aunque sonaran Ramones
todavía olía a Gardel:
A tu lado quisiera caer
que el tiempo nos mate
a los dos.
También la noche es perecedera,
acaba donde empieza el río que es un mar.
La playa, la luna,
como una novela blanda...
Las estrellas.
Las miré fijamente: una, dos, tres...
—No voy a sobreviviros
aunque dicen los que entienden
que alguna de vosotras ya estáis muertas—.
Eu elegi fracassar
Quando o taxista enjaulado comeu o alpiste
Supus que o canário era eu.
Até então eu só tinha aprendido
o rio salgado da sede.
Eles me perseguiram, no Mercado,
me pegaram e eu me submeti submisso à carne.
Ao vinho também.
O canto era uma casa de banho com o Senhor dos banheiros,
amarelado-chão de azulejo branco
e olha que eu não confio.
-Eu não costumava soltar, mas, voltarei-.
McArthur disse algo semelhante nas Filipinas.
Quando eu voltei a mim não podia acreditar
que havia mantido a minha palavra.
Nem foi tão ruim assim.
Registre-se que Agostinho deixou o padrão na adolescência e deve ter por volta de setenta anos,
porém, quando falei de seu povo foi como apertar um botão no pescoço
um andróide.
O sotaque uruguaio hipnótico meio para galego.
Cheio de perguntas, minhas perguntas;
a boca sorriu de lado;
meia cabeça;
quase disse uma vez
e sugeriu (mais ou menos)
limão anis.
E a corda vibrava
empurrada por um paisano com talento.
Eu queria tango
ele entretido com Serrat,
Serrat é um galego da Catalunha, disse ele.
Concordei em cantar Serrat (coro)
pela direção de uma bar de tango (e por alguns tragos correspondidos).
O local foi o Zum-Zum.
Cantou a milonga até preencher copos com uvita.
Apesar de soar Ramones
ainda cheirava a Gardel:
A teu lado eu queria cair
Que o tempo nos mate
Aos dois
Também a noite morria,
Acabava onde começava o rio que é um mar.
A praia, a lua,
como um romance suave ...
As estrelas.
Olhei para ele: um, dois, três ...
-“Nós vamos sobreviver,
Embora, dizem os que entendem,
Que alguns de vocês já estão mortos”-.
(De Indio Zammit, "Elegí fracasar", Bohodón Ediciones, 2007).
Desejo vermelho
Saturday, February 06, 2010
ROQUE DALTON
AMERICALATINA
Roque Dalton
El poeta cara a cara con la luna
fuma su margarita emocionante
bebe su dosis de palabras ajenas
vuela con sus pinceles de rocío
rasca su violincito pederasta.
Hasta que se destroza los hocicos
en el áspero muro de un cuartel.
Américalatina
O poeta cara a cara com a lua
fuma sua cigarrilha emocionante
bebe suas doses de palavras alheias
voa com seus pincéis de orvalho
toca seu violãozinho pederasta
Até que se quebra o nariz
no duro muro de um quartel.
JÚLIO CÉSAR POL
Friday, February 05, 2010
Rafael Alberti
Sal desnuda y negra, sal...
Rafael Alberti
¡Sal desnuda y negra, sal,
que paso por el canal!
A la salida del golfo,
boga, negrita, la isla,
blanca y azul, de la sal.
¡Sal, negrita boreal,
sal desnuda y negra, sal,
que salgo yo del canal!
De: Marinero en tierra
Sal cru e negro, sal...
Sal cru e negro sal
que passou pelo canal!
Ao sair do golfo,
molda, negrita, a ilha,
sal azul e branco de sal.
Sal, negrita boreal
sal cru e negro, sal,
que me salga e ao canal!
Pedro Calderón de La Barca
Salve manjar del Cielo
Pedro Calderón de La Barca
Salve manjar del Cielo,
salve Pan de la Gracia,
salve Vida del Cuerpo,
salve Candor del Alma,
salve, salve mil veces,
pues tú me salvas.
Salve manjar do céu
Salve manjar do céu,
salve pão da graça,
salve vida do corpo,
salve candura da alma,
salve, salve mil vezes,
pois, tu me salvas.
Nicolás Fernández de Moratin
Saber sin estudiar
Nicolás Fernández de Moratín
Admiróse un portugués
de ver que en su tierna infancia
todos los niños en Francia
supiesen hablar francés.
«Arte diabólica es»,
dijo, torciendo el mostacho,
«que para hablar en gabacho
un fidalgo en Portugal
llega a viejo y lo habla mal;
y aquí lo parla un muchacho».
Saber sem estudar
Admirou-se um português
de ver que em sua tenra infância
todas as crianças na França
sabiam falar francês.
"A arte é diabólica"
disse, torcendo o bigode,
"Que falar francês
um fidalgo em Portugal
chega a ficar velho e fala mal;
e aqui qualquer fedelho fala bonito.
Tuesday, February 02, 2010
Distante...tão distante
Eu te queria como um segredo que não soubesse desvendar;
Como uma sereia que não soubesse onde era o seu mar
Ou uma estrela que não conseguia avistar...
Eu te queria assim como só sabem querer os grandes amantes
E sonhava em te ver e te encontrar por todos os instantes,
Mas, por ironia, quando te encontrei sem esperar
Tive a sensação de que, por mais perto, estavas mais distante
E continuastes a ser, como sempre foi, a mulher dos meus sonhos
Que, de fato, irá continuar onde sempre esteve ...tão distante!
Ilustração: http://sitedepoesias.com.br/imagens/poemas/37011.jpg
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