Traz o teu corpo suave, doce, perfumado
para rasgar as águas da paixão que se agiganta,
num trabalho árduo e vagaroso, até acalmar a desabrochada flor do desejo.
para rasgar as águas da paixão que se agiganta,
num trabalho árduo e vagaroso, até acalmar a desabrochada flor do desejo.
Traz a feroz mansidão de tua boca, que por tudo
passeia e colhe,
sorvedouro de líquidos e peles, ignorante de tudo
que não seja um desejo insano de sabores e doçuras,
uma ilimitada vontade de tudo absorver.
Traz o calor das tuas mãos, que são asas no segredo
do quarto, quando te amo despudorado nas brumas da noite,
com um amor que se estende até o cansaço, à rendição ao encanto do prazer
ou ao sonho verdadeiro de que voei contigo.
Então, como o arco que geme nas cordas de um violino
teu nome há de soar como um hino de vitória do amor
e poderei feliz, se
não me fizer eterno, morrer sem nenhuma dor. Traz o calor das tuas mãos, que são asas no segredo
do quarto, quando te amo despudorado nas brumas da noite,
com um amor que se estende até o cansaço, à rendição ao encanto do prazer
ou ao sonho verdadeiro de que voei contigo.
Então, como o arco que geme nas cordas de um violino
teu nome há de soar como um hino de vitória do amor
Ilustração: depositphotos