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Mas, no passado essa garota,
Não bebia nenhuma gota
E odiava mesa de bar.
Sim a ruiva e brejeira
Até cerveja comprava
Sem conseguir tomar inteira.
Preconceitos internos-alegava.
Veja agora aonde foi parar:
Faz ronda nos bares da vida,
Em vinhos brancos, tintos
E até na pinga jaz perdida
Num desejo louco de se embriagar
De soltar os mais loucos instintos.
Quem diria que agora grita:
"Traz mais uma depressa, por favor!"
Deve ter sido por amor,
Baby, que virou uma bad girl.
Ah! Como a vida é cruel
Com as pessoas inocentes
Que mudam tanto e nem sentem!
Vai beber, se embriagar,
Xingar, brigar,
Sem rumo, perder o prumo e a direção
Que, nem sempre é verdade
A convicção da cidade
De que não tem dono não
O seu pobre, desejado e doce coração.
(De Poesias Mal Comportadas)
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