Saturday, March 28, 2009
WALLACE STEVENS
The Planet On The Table
Ariel was glad he had written his poems.
They were of a remembered time
Or of something seen that he liked.
Other makings of the sun
Were waste and welter
And the ripe shrub writhed.
His self and the sun were one
And his poems, although makings of his self,
Were no less makings of the sun.
It was not important that they survive.
What mattered was that they should bear
Some lineament or character,
Some affluence, if only half-perceived,
In the poverty of their words,
Of the planet of which they were part.
O planeta sobre a mesa
Ariel estava feliz por ter escrito seus poemas.
Eles eram lembranças de um tempo
Ou de alguma coisa de que gostava.
Outros lembravam o sol
Eram ásperos e molhados
E maduros como frutos no arbusto.
Seu ego e o sol eram um
E seus poemas, embora centrados em si mesmo,
Não eram menos brilhantes que o sol.
Não era importante que eles sobrevivessem.
O que importava era que eles deveriam suportar
Algumas linhas de seu caráter,
Alguma fluência, ainda que só meio percebida,
Na pobreza das suas palavras,
Sobre o planeta do qual elas faziam parte.
Ilustração: http://madjulieta.blogspot.com/
Friday, March 27, 2009
AINDA YOLANDA
YOLANDRA BEDREGAL
VIAJE INÚTIL
Para qué el mar?
Para qué el sol?
Para qué el cielo?
Estoy de viaje hoy día
en viaje de retorno
hacia aquella palabra sin orillas
que es el mar de mi misma
y de tu olvido.
Después de que te he dado mar y cielo
me quedo con la tierra de mi vida
que es dulce como arcilla
mojada en sangre y leche.
Ahora me sobra todo lo que tuve
porque soy como acuario y como roca.
Por mi sangre navegan peces ágiles
y en mi cuerpo se enredan las raíces
de unas plantas violetas y amarillas.
Tengo en la espalda herida
cicatrices de alas inservibles,
y un poquito en mis ojos todavía
hay humedad inútil de recuerdos.
Pero, que importa todo esto ahora?
cuanto estiro los brazos y no hay nada
que no sea yo misma repetida.
Acaso no soy mar y no soy roca?
Misterios de colores en mi vida
suben y bajan en mareas altas
y extraños animales y demonios
se fingen ángeles y helechos en mis grutas.
Están además el mar, el sol, la tierra.
Ahora que he vuelto de un amor inmenso,
tengo ya en la palabra sin orillas
lo que pudo caber entre sus manos.
Viagem inútil
Para que o mar?
Para que o sol?
Para que o céu?
Estou de viagem hoje em dia
Viagem de retorno
Até aquela palavra sem beiras
Que é o mar de mim mesma
E do teu esquecimento.
Depois de ter te dado mar e céu
Acabo com a terra em minha vida
Que é doce como argila
Molhada em sangue e leite.
Agora em sobra tudo que tive
Porque sou como aquário e como rocha.
Por meu sangue navegam peixes ágeis
E no meu corpo se enredam as raízes
De umas plantas violetas e amarelas.
Tenho na espádua ferida
Cicatrizes das asas inservíveis,
E um pouquinho dos meus olhos, todavia,
Tem a umidade inútil das recordações.
Porém, o que importa tudo isto agora?
Quando estendo os braços e não há nada
Que não seja eu mesma repetida.
Acaso não sou mar e não sou rocha?
Mistérios de cores em minha vida
Sobem e descem nas marés altas
E estranhos animais e demônios
Se fingem anjos e eleitos nas minhas grutas.
Estão ademais o céu, o sol e a terra.
Agora que ele voltou de um amor imenso
Tenho já na palavra sem beiras
O que pode caber entre suas mãos.
SEM VONTADE
ONDA
Deixe que me leve este mar sem fim
Deixe que me leve assim
Ao sabor da onda que for
Sem rumo, sem destino
Deixe ir lá onde não posso estar
Se não me abandonar
Aos desejos do mar
Da água que bate em mim...
Em mim que não sou
Senão uma coisa qualquer ao léu
Vago pelo mar que nada diz
Nas ondas surfo feliz.
Sem rumo o meu corpo
Segue a corrente
Docemente
E sem finalidade
Não sei onde irei estar
Não sei se no céu
Ou mar
O que vale é o navegar
Ao léu, ao léu
Até que tudo se confunda
E nada tenha significação
Como o mundo
Sem ilusão
Ilustração: http://maresiaseoutroscheiros.blogspot.com/
SERRANO
MANUAL PARA SALVAR EL ODIO
Rodolfo Serrano
Cuando ella o él te dejen, no perdones,
niégate a conprenderlo.
Cultiva bien tu ódio, nunca seas
generoso en palabras o en olvido.
Cuando ella o él te dejen, nunca digas
adiós, o que vamos a hacerle.
Maldice cada letra de su nombre.
Y júrale odio eterno mirándole a los ojos.
Cuando ella o él te dejen, nunca creas
ni justificaciones ni promesas
y busca las palabras más hirientes
el insulto más infame que conozcas.
Cuando ella o él te dejen, nunca juegues
a ser Rick perdido em Casablanca.
Provoca llanto, dolor, remordimientos
y que el adiós te corte igual que una cuchilla.
Porque cuando ella o él te dejan, habrá alguien
tarde o temprano esperando en otra esquina
y volverán a gozar en otros brazos
y dirán “te amo”. Y “vem, dámelo todo ».
Y olvidarán. Para que, entonces,
mentir? Que ella o él se lleven
-aunque dure bien poco-nuestro odio
igual que una bandera. Para siempre.
Manual para salvar o ódio
Quando ela ou ele te deixar, não perdoes
Nega-te a compreendê-lo.
Cultiva bem teu ódio, nunca sejas
generoso nas palavras ou no esquecimento.
Quando ela ou ele te deixar, nunca digas
Adeus, ou o que vamos fazer.
Maldiz cada letra de seu nome.
E jura-lhe ódio eterno olhando-o nos olhos.
Quando ela ou ele te deixar, nunca creias
Nas justificativas nem nas promessas
E procura as palavras mais ferinas
O insulto mais infame que conheças.
Quando ela ou ele te deixar, nunca julgues
Ser Rick perdido em Casablanca.
Provoca pranto, dor, remorsos
E que o adeus te corte feito uma lâmina.
Porque quando ela ou ele te deixar haverá alguém,
Mais cedo ou mais tarde, esperando em outra esquina
E eles voltarão a gozar em outros braços
E dirão “te amo. E “vem me dar tudo”.
E vão se esquecer. Para que então,
mentir? Que ela ou ele levem consigo
-Mesmo que dure bem pouco-nosso ódio
Igual a uma bandeira. Para sempre.
Ilustração: http://poetrysfeelings.wordpress.com/2007/08/15/odio/
Thursday, March 26, 2009
MANUEL SCORZA
ROSA ÚNICA
La hierba crece ahora
en todos los crepúsculos donde antes sonreías.
La hierba o el olvido. Es igual.
Entre mi dolor y tu silencio,
hay una calle por donde te marchas lentamente.
Hay cosas que no digo porque ciertas palabras
son como embarcarse en interminables viajes.
Para mi amor siempre tendrás veinte años.
Mientras yo cante en tus ojos habrá agua limpia.
Ya para siempre
mi amor te circunda de cristal.
Puedes morir mil veces.
Inmutable en mi canto estás.
Puedo olvidarte.
Mas olvidada, resplandecerás.
¿Qué son las luciérnagas
sino remotas luces
que extintos amadores antaño encendieron?
¿Qué son sino carbones
de hogueras que perduran,
tras que sus caras y sus bocas se rompieron?
Te digo que ni el rocío
con tu rostro se atreverá
No envejecerá la muchacha
que, reclinada en mi sangre,
un día miró una rosa hasta volverla eterna.
Ahora la Rosa eterna está.
Yo la distingo única,
perfecta, en los jardines.
Por las montañas y collados
búscanla gentíos.
Sólo mis ojos que tus ojos vieron,
la pueden mirar.
Rosa Única
As ervas crescem agora
Em todos os crepúsculos onde antes sorrias.
As ervas ou o esquecimento. Tudo igual.
Entre minha dor e o teu silêncio
Há uma rua pela qual caminhas lentamente.
Há coisas que não digo porque certas palavras
São como embarcar em intermináveis viagens.
Para o meu amor sempre terás vinte anos.
Ainda que eu cante nos teus olhos sempre haverá água limpa.
E, para sempre,
Meu amor te circunda de cristal.
Podes morrer mil vezes.
Imutável em meu canto estais.
Posso esquecer-te,
Mas, esquecida, resplandecerás.
Que são os vagalumes
Senão remotas luzes
Que, no passado, amadores incendiaram?
Que são senão carvões
de fogueiras que perduram,
até que tuas faces e bocas se rompam?
Te digo que nem o orvalho
com teu rosto se atreverá
Não envelhecerá a moça
que, reclinada em meu sangue,
Um dia olhou uma rosa até fazê-la eterna.
Agora a Rosa eterna está.
Eu a distingo como única,
perfeita, nos jardins.
Pelas montanhas e encostas
buscam por elas os índios.
Só meus olhos que teus olhos viram,
Podem ver .
Ilustração: http://3.bp.blogspot.com
UM POETA DOMINICANO
AIRE DURANDO
Manuel Del Cabral
¿Quién ha matado este hombre
que su voz no está enterrada?
Hay muertos que van subiendo
cuanto más su ataúd baja...
Este sudor... ¿por quién muere?
¿por qué cosa muere un pobre?
¿Quién ha matado estas manos?
¡No cabe en la muerte un hombre!
Hay muertos que van subiendo
cuanto más su ataúd baja...
¿Quién acostó su estatura
que su voz está parada?
Hay muertos como raíces
que hundidas... dan fruto al ala.
¿Quién ha matado estas manos,
este sudor, esta cara?
Hay muertos que van subiendo
cuanto más su ataúd baja...
(De Compadre Mon)
DURANDO NO AR
Quem matou este homem
cuja voz não está enterrada?
Há mortos que vão subindo
quanto mais o caixão desce...
Este suor...por quem morre?
por que razão morre um pobre?
Quem matou com estas mãos?
Não cabe na morte um homem!
Há mortos que vão subindo
quanto mais o caixão desce...
Quem mediu sua estatura
que sua voz jaz calada?
Há mortos como raízes
que mais enterradas... mais crescem.
Quem matou com estas mãos
este suor, este rosto?
Há mortos que vão subindo
quanto mais o caixão desce...
UMA POETISA ARGENTINA
Martes
Teresa Palazzo Conti
Yo no fui invitada a su banquete.
Sólo llegué,
con los ojos cerrados
y un apurarme a ver lo indescifrable.
Fastidiada en temblores
ensayaba absorber la verdad
o el suicidio de la luz
detrás de mis párpados pegados.
Fui impulsada a sostenerme
entre vientos agónicos
y allí estaban sus redes.
Choqué con su mirada
que acunaba obstinada
una tarde extranjera.
Ya no quise emigrar.
Recostada de espaldas,
me sostuvo.
Terça-feira
Eu não fui convidada para seu banquete.
Só cheguei,
com os olhos fechados
e para tentar ver o indecifrável.
Esgotada pelos tremores
Ensaiava absorver a verdade
ou o suicidio da luz
por trás de minhas palpebras entreabertas.
Eu impelia a sustentar-me
Entre os ventos das agonias mortais
e ali estavam suas redes.
Eu encontrei seu olhar
que acompanhava obstinado
uma tarde estrangeira.
Eu não quis emigrar.
Recostada nos espaldares
Me mantevi.
Tuesday, March 24, 2009
VALERO
EL LOCO
José Maria Gómez Valero
Mostró a los ancianos
su ropa empapada,
su pelo mojado,
sus manos llenas de barro.
La lluvia no llegará, le dijeron,
tú sabes que la lluvia no llegará.
[de Travesía encendida]
O louco
Mostrou aos anciões
Sua roupa empapada,
Seu pelo molhado,
Suas mãos sujas de barro.
A chuva não chegará, lhe disseram,
Tu sabes que a chuva não chegará.
Tuesday, March 17, 2009
PIQUERAS OUTRA VEZ
UN TRANVÍA LLAMADO DOLOR
Joaquín Piqueras
bastaría el leve aliento de un niño,
para hacer frente a tanta desdicha,
un soplo, una simple sacudida,
y seríamos inmaculados...
pero no,
debemos hacernos a la idea
de que esta vida que nos confunde
es real...
y en el fondo de la noche,
entre el insomnio de las horas
y el temblor de la memoria,
no hay nada,
salvo ese tranvía llamado dolor
y su incierto viaje
a ninguna parte
Um bonde chamado dor
Bastaria o leve sopro de uma criança;
para fazer frente à tanta desdita,
um sopro, um único choque,
e seriamos imaculados ...
porém não,
temos de nos habituar à idéia
que esta vida que nos confunde
é real ...
e no fundo da noite,
entre as horas de insônia
e os tremores da memória,
não há nada,
salvo este bonde chamado dor
e sua incerta viagem
que não nos leva a nenhum lugar
PIQUERAS
UM POETA CHILENO
EL PECECITO
Oscar Jara Azócar
Bailando está el pececito
en su salón de cristal;
brilla su traje bordado
con escamas de coral.
Cuenta de estrellas en los ojos
que no cierra en el dormir:
¡pececito, yo te quiero,
porque danzas para mí!
O Peixinho
Dançando esta o peixinho
No seu aquário de vidro
brilha na sua pele bordada
com escamas de coral.
Conta estrelas nos seus olhos
que não se fecham no sono:
¡Peixinho, eu te amo,
porque danças para mim!
Friday, March 13, 2009
UMA POETISA URUGUAIA
LO INEFABLE
Delmira Agustini
Yo muero extrañamente... No me mata la Vida,
no me mata la Muerte, no me mata el Amor;
muero de un pensamiento mudo como una herida.
¿No habéis sentido nunca el extraño dolor
de un pensamiento inmenso que se arraiga en la vida
devorando alma y carne, y no alcanza a dar flor?
¿Nunca llevasteis dentro una estrella dormida
que os abrasaba enteros y no daba fulgor...?
¡Cumbre de los Martirios...! ¡Llevar eternamente,
desgarradora y árida, la trágica simiente
clavada en las entrañas como un diente feroz...!
Pero arrancarla un día en una flor que abriera
milagrosa, inviolable... ¡Ah, más grande no fuera
tener entre las manos la cabeza de Dios!
O Inefável
Eu morro estranhamente...Não me mata a vida,
Não me mata a morte, não me mata o amor;
Morro de um pensamento mudo como uma ferida.
Não sentistes nunca uma estranha dor
De um pensamento imenso que se prende à vida
Devorando alma e carne, e não consegue dar flor?
Nunca levastes dentro de ti uma estrela adormecida
Que se incendiava inteira, mas não dava fulgor?
O maior dos martírios....! Levar eternamente
Desenraizada e árida, a trágica semente
Cravada nas entranhas como um dente feroz
Porém, arrancá-la um dia numa flor que se abria
Milagrosa, inviolável...Ah! Maior não seria
Ter a cabeça de Deus nas mãos de nós!
Ilustração: http://www.josemarafona.com/fotos/0432.jpg
OSCAR WONG
Luna fértil
Oscar Wong
El mar, la dentellada oscura donde brama la serpiente,
el disco rojo que trasmina.
La Luna viene, fértil,
ilumina tu mirada de ámbar.
Esbelta y tierna me cobijas,
gardenia cándida
tu pupila resplandece.
Bebo tu amor en densos gajos,
insaciable bulle el alba en nuestros cuerpos.
(Del libro Razones de la voz, CNCA, Colec. Práctica Mortal, Méx., 2002.)
A lua fértil
O mar, a gruta obscura de onde brama a serpente,
o disco vermelho que transpira.
A lua vem, fértil,
iluminar o teu olhar de âmbar.
Esbelta e terna me cobiças,
Gardênia cândida
Tua pupila resplandece
Bebo teu amor em densos goles,
Insaciável se agita o amanhecer nos nossos corpos.
Ilustração:luamizade2.blogs.sapo.pt/arquivo/559152.html
Thursday, March 12, 2009
JOAQUIN PIQUERAS
MALAS COMPAÑÍAS
Joaquín Piqueras
dice Michel Houellebecq:
- acumulamos recuerdos para sentirnos
menos solos en el momento de la muerte.
- tal vez – respondemos nosotros -,
pero la acumulación de recuerdos
en el postrero instante
entraña el nada desdeñable riesgo
de estar tan acompañados
que rechacemos a nuestra
futura anfitriona:
la muerte
Más companhias
disse Michel Houellebecq:
Acumulamos memórias para nos sentirmos
menos sozinhos no momento da morte.
- Talvez – respondam outros-
porém, a acumulação de memórias
no último instante
importa no risco nada negligenciável
de estarmos tão acompanhados
que rechacemos a nossa
futura anfitriã:
a morte
WILLIAM HENRY DAVIES
Leisure
William Henry Davies
What is this life if, full of care,
We have no time to stand and stare.
No time to stand beneath the boughs
And stare as long as sheep or cows.
No time to see, when woods we pass,
Where squirrels hide their nuts in grass.
No time to see, in broad daylight,
Streams full of stars, like skies at night.
No time to turn at Beauty's glance,
And watch her feet, how they can dance.
No time to wait till her mouth can
Enrich that smile her eyes began.
A poor life this if, full of care,
We have no time to stand and stare.
Lazer
O que é esta vida se, cheio de cuidados,
Não temos tempo para repousar e contemplar.
Não há tempo para repousar sob os galhos
E olhando com vagar as ovelhas ou as vacas.
Não há tempo para ver, quando passam madeiras,
Quando esquilos escondem suas nozes na grama.
Não há tempo para ver, em plena luz do dia,
Regatos cheio de estrelas, como o céu à noite.
Não há tempo para transformar a beleza da vista,
E vê os pés dela, como são quando pode dançar.
Não há tempo para esperar até sua boca poder
Enriquecer com um sorriso que seus olhos iniciam.
Que pobre vida é esta, cheia de cuidados,
Se não temos tempo para parar e contemplar.
Tuesday, March 10, 2009
CARL SANDBURG
JANE HIRSHFIELD
Lying
Jane Hirshfield
He puts his brush to the canvas,
with one quick stroke
unfolds a bird from the sky.
Steps back, considers.
Takes pity.
Unfolds another.
Mentindo
Ele colocou o seu pincel sobre a tela,
com rápidas pinceladas
criando um pássaro no céu.
Passos para trás, avalia.
Com pena.
Cria outro.
Ilustração: http://luisapaco.blogs.sapo.pt/arquivo/passaros%20paraiso.jpg
Sunday, March 08, 2009
JÓIA
Friday, March 06, 2009
RILKE
Time and Again
Rainer Maria Rilke
TIme and again, however well we know the landscape of love,
and the little church-yard with lamenting names,
and the frightfully silent ravine wherein all the others
end: time and again we go out two together,
under the old trees, lie down again and again
between the flowers, face to face with the sky.
Uma e outra vez
Uma e outra vez, no entanto, conhecemos bem a paisagem do amor,
e a pequena igreja-jardim com lamentações dos nomes,
e do silêncio refrescante no barranco onde todos os outros
findam: o tempo e mais uma vez, saem os dois juntos,
ao abrigo de antigas árvores,para deitar-se novamente e novamente
entre as flores, face a face com o céu.
Thursday, March 05, 2009
BURNS
The Book-Worms
Robert Burns
Through and through th' inspir'd leaves,
Ye maggots, make your windings;
But O respect his lordship's taste,
And spare his golden bindings.
O Livro dos vermes
Através e por meio de folhas inspiradas,
Os vermes, fazem seus desdobramentos;
Mas, respeitam o gosto de seu senhorio.
E poupam as capas douradas.
YATES
The Fish
William Butler Yeats
Although you hide in the ebb and flow
Of the pale tide when the moon has set,
The people of coming days will know
About the casting out of my net,
And how you have leaped times out of mind
Over the little silver cords,
And think that you were hard and unkind,
And blame you with many bitter words.
O Peixe
Embora você se esconda na vazante e no fluxo
Da maré, quando a lua pálida te fixou,
O povo que virá nos próximos dias saberá
Sobre como escapou da minha rede,
E quantas vezes você tem saltado fora da mente
Sobre os poucos fios de prata,
E acho que você foi duro e cruel,
E culpado de muitas palavras amargas.
LANGSTON HUGHES
Quiet Girl
Langston Hughes
I would liken you
To a night without stars
Were it not for your eyes.
I would liken you
To a sleep without dreams
Were it not for your songs.
Garota calma
Gostaria de comparar você
A uma noite sem estrelas
Se não fosse por teus olhos.
Gostaria de comparar você
A um sono sem sonhos
Se não fosse por tuas canções.
Ilustração: www.garotinharuiva.blogger.com.br/
Tuesday, March 03, 2009
LETRAS SINCERAS
AINDA MADARIAGA
Aliadas
Francisco Madariaga
Después de todo lo que adoro en este
planeta
?será el comienzo de otra región de
infinito?
Las rosas hieren a los hombres asesinos,
y los bosques que los esconden están
llenos de pus y de estampados de oro
de hadas y cigarras muertas.
Las rosas tienen sonrisas de mujeres
no vírgenes,
y son mis únicas aliadas naturales.
Yo se que un día me quedaré encantado,
y me iré a vivir con las rosas, las hadas
y las cigarras que mataron aquellos
bosques
en un hotel para labios y para rosas .
Aliadas
Depois de tudo que adoro neste
mundo
será o começo de outra região
o infinito?
As rosas ferem os homens assassinos
e os bosques que os escondem estão
repletos de pus e de estampas douradas
de fadas e cigarras mortas.
As rosas tem sorrisos de mulheres
impuras,
e são minhas únicas aliadas naturais.
Eu sei que um dia acabarei encantado,
e irei viver com as rosas, as fadas
e as cigarras que mataram aqueles
bosques
num hotel para lábios e para rosas.
Aliadas
Francisco Madariaga
Después de todo lo que adoro en este
planeta
?será el comienzo de otra región de
infinito?
Las rosas hieren a los hombres asesinos,
y los bosques que los esconden están
llenos de pus y de estampados de oro
de hadas y cigarras muertas.
Las rosas tienen sonrisas de mujeres
no vírgenes,
y son mis únicas aliadas naturales.
Yo se que un día me quedaré encantado,
y me iré a vivir con las rosas, las hadas
y las cigarras que mataron aquellos
bosques
en un hotel para labios y para rosas .
Aliadas
Depois de tudo que adoro neste
mundo
será o começo de outra região
o infinito?
As rosas ferem os homens assassinos
e os bosques que os escondem estão
repletos de pus e de estampas douradas
de fadas e cigarras mortas.
As rosas tem sorrisos de mulheres
impuras,
e são minhas únicas aliadas naturais.
Eu sei que um dia acabarei encantado,
e irei viver com as rosas, as fadas
e as cigarras que mataram aqueles
bosques
num hotel para lábios e para rosas.
MADARIAGA
Otra vez
Francisco Madariaga
Pasaban los trenes
como telas extendidas
por un Dios blanco,
y yo, rendido a los cocoteros.
Cantaban las palomas
en la paz del misterio de las
casuarinas,
y otra vez mordían mi corazón
las palabras de las hadas,
con la levedad que tienen los
bandoleros del sueño,
me entregaban a la sangre de la poesía.
? Te acuerdas, gaucho arcaico,
del jinete que dormía con su
redomón en los palmares?
Outra vez
Passavam os trens
como telas estendidas
por um deus branco
e eu, rendido aos coqueiros.
Cantavam as andorinhas
Na paz do mistério das
casuarinas,
e outra vez mordiam meu coração
as palavras das fadas,
com a leveza que possuem
os bandoleiros dos sonhos,
me entregaram ao sangue da poesia.
Te recorda, gaúcho aracaíco,
do ginete que dormia com seu
chucro nas palmeiras?
Ilustração: www.mensagensangels.com.br/musicas/tente_outr...
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