O mundo de água gira, avassala
se desfazendo em prata.
Voam peixes, aos montes, em cascatas
como se fossem pássaros
e o sol brilha como se brilhante
fosse o universo inteiro.
Oh! Mãe das águas, ò saci-pererê me acudam,
me façam capaz de encontrar os caminhos,
tão embaraçados e iguais,
nas trilhas e alamedas de árvores e cipós,
sem que me peguem as onças, as cobras
ou outros animais.
Não pertenço a este mundo, que é meu
e meu não é;
ao me medir e provar o quão pequeno sou
diante desta imensidão,
mas espíritos da selva, se me salvarem,
amarei ainda mais do que amo
minha vida tão ínfima e diminuta
perante este amazônico esplendor.
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