Monday, October 10, 2022

Uma poesia de Luis Carlos López

 


VERSOS A LA LUNA

Luis Carlos López

¡Oh, luna, que hoy te asomas al tejado

de la iglesia, en la calma tropical,

para que te salude un trasnochado

y te ladren los perros de arrabal!

 

¡Oh, luna! . . . ¡En tu silencio te has burlado

de todo! . . . En tu silencio sideral,

viste anoche robar en despoblado

. . . ¡y el ladrón era un Juez municipal!

 

Mas tú ofreces, viajera saturnina,

con qué elocuencia en los espacios mudos,

consuelo al que la vida laceró,

 

mientras te cantan, en cualquier cantina,

neurasténicos bardos melenudos

y piojosos, que juegan dominó. . .

 

VERSOS À LUA

Oh! Lua que hoje surges no telhado

da igreja, na calma tropical,

para que te saúde um tresnoitado

e te latem os cães de um bairro marginal.

 

Oh!Lua, em teu silêncio te hás burlado

de tudo!... Em teu silêncio sideral,

viste ontem na noite roubar um despovoado

.....e o ladrão era um juiz municipal!

 

Mas, tu ofereces, viajante saturnina,

com que eloquência nos espaços mudos,

consolo aos que a vida lacerou,

 

Enquanto cantam, em qualquer cantina,

neurastênicos bardos cabeludos

e piolhentos que jogam dominó...

Ilustração: Brasil-Escola-UOL.

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