Thursday, July 12, 2018

Uma poesia dos irmãos Persivo


Nem me lembrava desta poesia mais. O meu mano Roberto atribuiu somente a mim a autoria, mas, é nossa. Ele, com a sensibilidade de poeta que é, fez algumas alterações que a deixaram muito mais bonita. 



"Quando te vi em frente a mim, deliciosamente linda,
A minh’alma, de êxtase, ficou morta
E desta morte não despertou ainda!
Também pudera, em teus olhos escuros tanta beleza havia,
Que os vendo, infinitamente puros,
Julguei-os, por instantes, obras de magia!
Por Deus, o são!
E juro, se preciso tanto!
Pois, em olhos semelhantes
Por certo hão de ter nascido o pranto
E a inspiração dos vates!
Fiquei olhando-te, pálido e absorto,
Contemplei os teus cabelos lindos,
Esvoaçando ao vento,
E se me dado fora um pedido, antes de morto,
Eu os queria ver,
Nem que só por um momento!
Olhaste-me um tanto ao quanto embaraçada
Sem compreender, decerto, a razão do meu silêncio!
Debalde, tentei falar-te
E num arroubo de paixão dizer-te tudo!
Mas, meu amor falar não pode:
Um tímido, um tolo, um mudo!". 

Ilustração: Um Mar de Emoções-Sapo. 

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