Friday, January 11, 2019

Uma poesia de Laura Wittner




Volví a tener un limón en la mano

Laura Wittner

Volví a tener un limón en la mano.
Es algo tan perfecto de agarrar.
¿Esto yo lo sabía? ¿Me acordaba?
Miren mi mano: se ahueca espontánea
y no queda nada en ella que no sea
limón: lo fresco, lo rugoso, el peso,
el perfume terrible, la acidez.
No hay distancia entre la mano y el limón.
Significan lo mismo por un rato.

VOLTEI A TER UM LIMÃO NA MÃO

Voltei a ter um limão na mão.
É algo tão perfeito de agarrar.
Isto eu sabia? Me conciliava?
Olhem minha mão: se faz uma concha espontânea
e nela não há nada que não seja
o limão: o fresco, o rugoso, o peso,
o perfume terrível, a acidez.
Não há distância entre a mão e o limão.
Significam o mesmo por um momento.


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