Relâmpagos
(Sobre
uma poesia que esqueci)
I
Nossos
gestos eram simples e desesperados.
Não
dissemos nada.
Nada
havia para dizer,
Porque
partir dever ser
uma amostra grátis de morrer
E
mortos nos sentimos.
II
Eu
te amo tanto
Que
sou capaz de viver contigo
Num
quartinho só com uma cama!
Mas,
aqui.
O
meu amor parece uma flor na lama
E a
cama só serve para dormir
O que,
convenhamos, é um desperdício.
III
E
em que mundo se passa tudo isto?
Em
que lugar vim parar
que nada reconheço?
Agora
a tua voz de longe chama
E o
teu olhar de um verde inexplicável clama
Pelos
momentos de amor que iluminavam a cama
em nosso quarto.
(Do livro A Alquimia da Vida).
Ilustração: amora2011ciencias.pbworks.com -
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