Friday, February 28, 2020

E, de novo, o grande Cortázar


Después de las fiestas                                             


 Julio Cortázar

Y cuando todo el mundo se iba
y nos quedábamos los dos
entre vasos vacíos y ceniceros sucios,

qué hermoso era saber que estabas
ahí como un remanso,
sola conmigo al borde de la noche,
y que durabas, eras más que el tiempo,

eras la que no se iba
porque una misma almohada
y una misma tibieza
iba a llamarnos otra vez
a despertar al nuevo día,
juntos, riendo, despeinados.

DEPOIS DAS FESTAS

E quando todo mundo ia embora
e nós dois ficávamos
entre copos vazios e cinzeiros sujos,

como era bonito saber que estavas
lá como um refúgio,
Sozinha comigo na beira da noite
e que duravas, eras mais que o tempo,

eras a que não ia embora
porque o mesmo travesseiro
e o mesmo calor
ia nos chamar outra vez
ao despertar do novo dia,
Juntos, rindo, despenteados.



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