Sem dúvida a flor desconhecida
que procuro,
entre encontros e desencontros
de bocas, pernas e mãos,
deve florescer sem pressa,
longe das pedras e muros,
como florescem as melhores flores do amor.
Este calor que sinto,
o frio, o calafrio, o tremor
e os lábios quentes e molhados
me dizem
que a hora chegou de sermos felizes,
enfim,
depois de carícias, de recuos,
de medos e arrepios,
estás pronta,
para a festa da floração,
para deixar que teu coração
sorva o espasmo,
a palpitação doce e sagrada,
da flor que,
depois de tanta preparação,
surge em todo o seu esplendor
espargindo o perfume do amor.
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