O
futuro, esta incógnita que nos estimula,
pode
ter algum desvio imprevisível?
Sei
lá!
Faço
o que é possível.
Rio
do provável.
Aceito
o inevitável,
pois,
dói menos
e
dou os meus acenos
para
o acaso
com
ambição e gula.
Depois
rezo,
e,
finalmente, bebo.
Aqui
o império do impulso
se
impõe sobre o do desejo.
Deixo
para depois saborear teu beijo-
um
modo de na vida ter recurso-,
um
prazer grandioso e previsível
que
me salva, em qualquer percurso,
das
topadas e da maldade
que
não vejo,
enquanto
na imaginação solfejo
uma
música que não sei bem qual é
que
lembra o amor de uma mulher.
Ilustração: "Imensidão" de Roberto Baeta.
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