Julia
de Burgos
¿Que
adónde voy con esas caras tristes
Y
un borbotón de venas heridas en mi frente?
Voy
a despedir rosas al mar,
A
deshacerme en olas más altas que los pájaros,
A
quitarme caminos que ya andaban en mi corazón como raíces...
Voy
a perder estrellas,
Y
rocíos,
Y
riachuelitos breves donde amé la agonía que arruinó
Mis
montañas
Y
un rumor de palomas
Especial,
Y
palabras...
Voy
a quedarme sola,
Sin
canciones, ni piel,
Como
un túnel por dentro, donde el mismo silencio
Se
enloquece y se mata.
Poema com a última nota
Aonde
irei com essas caras tristes
E
um buquê de veias feridas na minha testa?
Vou
jogar rosas no mar,
E
desfazer-me em ondas mais altas que os pássaros,
A
fechar caminhos que já andavam em meu coração como raízes ...
Eu
vou perder estrelas,
E
orvalhos,
E
riachinhos breves nos quais amei a agonia que arruinou
minhas
montanhas
E
um rumor de pombos
Especial,
E
as palavras ...
Eu
vou estar sozinha,
Sem
canções, nem pele,
Como
um túnel por dentro, onde o mesmo silêncio
Se
enlouquece e se mata.
Ilustração:
Jéssica Pellegrini.
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