Wednesday, May 31, 2017

Uma poesia de Lucille Clifton

CRUELTY                        
Lucille Clifton

cruelty. don’t talk to me about cruelty
or what i am capable of.

when i wanted the roaches dead i wanted them dead
and i killed them. i took a broom to their country

and smashed and sliced without warning
without stopping and i smiled all the time i was doing it.

it was a holocaust of roaches, bodies,
parts of bodies, red all over the ground.

i didn’t ask their names.
they had no names worth knowing.

now i watch myself whenever i enter a room.
i never know what i might do.

CRUELDADE

crueldade. não me fales de crueldade
ou do que sou capaz.

quando buscava as baratas que morriam eu as quis bem mortas
e as matei. Peguei-as com uma escova contra o seu ninho

e as esmaguei  e as fatiei sem aviso prévio
sem parar e sorrindo enquanto o fazia.

foi um holocausto de baratas, corpos,
restos de corpos, tudo vermelho por todo chão.

não me perguntem seus nomes.
não tinham nomes que se merecesse conhecer.

agora sempre me vigio ao entrar em uma quarto.
nunca sei o que posso chegar a fazer.

Ilustração: Qual a grande ideia?.


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