Wednesday, October 09, 2024

Uma poesia de Andrea Cote

 


DE AUSENCIA

Andrea Cote

Es para el dios de lo deshabitado
que se alzan templos invisibles
en la borrasca del desierto.
Es para él
que los árboles enanos inclinan en la arena sus ramas
humildes,
fervorosas.
Es para que no te aferres
que existe un dios de la ausencia,
señor del desierto
y de las cosas que,
como la sombra,
existen por la fuerza de la luz que las rechaza.

DE AUSÊNCIA

É para o deus do desabitado

que se elevam templos invisíveis

na tempestade no deserto.

É para ele

que as árvores anãs inclinam seus ramos na areia

humildes,

fervorosas.

É para não te aferres

que existe um deus da ausência,

senhor do deserto

e das coisas que,

como a sombra,

existem pela força da luz que as rechaça.

Ilustração: Canção Nova.

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