Além,
muito além, das coisas que não conheço
há esta vontade incontida de ser
há esta vontade incontida de ser
todas
as coisas e viver todas as vidas;
esta
incompetência mortal
de
não ser nenhum deus, nem um mágico
e a
certeza do destino trágico.
Na
falta de uma solução melhor
mergulho
no teu amor secreto e descontínuo
para
descobrir flores inimagináveis de prazer e dor,
no
complicado e enigmático jogo do amor,
para
rir e chorar embriagado de ilusão,
enquanto
bebo taças de vinho,
e
como pedaços de vida,
sem
pensar no que não se resolve
e
resolvendo não pensar, atividade vã,
tão obsessivamente sobre o amanhã,
vou meditando sobre o que nos move.
E
sei que só viver não me absolve.
Ilustração:
centrosatya.blogspot.com
No comments:
Post a Comment