...
Sara
Royo
Cada
uno llevamos nuestra bolsa de penas
y
heridas que nos duelen a traición, alevosas.
El
tiempo es un tramposo que parece que pasa
pero
se queda siempre, escondido en los pliegues,
acechando
un recuerdo, un olor, un paisaje,
y
en dos zarpazos fieros nos lleva a ese minuto
en
que nos mató a golpes de tristeza la vida.
No
sabe de clemencia ni de balsámico olvido.
Morimos
muchas veces. Más que resucitamos.
Hay
días en que pesa tanto y tanto esa bolsa
que
la despeñarías desde cualquier barranco
más
va cosida a tu alma, a tu piel va cosida,
y
tu tiempo y su tiempo son hermanos siameses.
...
Cada
um de nós levamos nossas bolsas de penas
e
feridas que nos doem a traição, aleivosias.
O
tempo é uma fraude que parece que passa
Porém,
fica sempre, escondido nas dobras,
Perseguindo
uma recordação, um odor, uma paisagem,
e
com dois ferrões ferozes nos levam a este minuto
em
que nos matou a golpes de tristeza a vida.
Não
sabe de clemência ou de balsâmico esquecimento.
Morremos
muitas vezes. Mais que ressuscitamos.
Há
dias em pesa tanto e tanto esta bolsa
que
a despejarias em qualquer barranco
mas,
vai costurada à tua alma, à tua pele vai cosida,
e
tu tempo e seu tempo são irmãos siameses.
Fonte:
http://elixirparaolvidar.blogspot.com.br/
Ilustração:
efng2003.blogspot.com
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