(Ou pode ser “O Mago que esqueceu a mágica” )
O existir
É repleto de mistérios
Como o viver ou o sonhar
E o acaso nos contempla
Em cada passo do caminhar
No que se encontra,
Ou desencontra,
Não há impossível.
Há a miopia do amanhã,
A teia do sentido
Que não se percebe
Ou se esquece.
Nos salva a prece,
O otimismo,
O desejo de ir na direção
Do que jamais se sabe..
O essencial é
fugir do próprio vácuo
E criar a quimera do possível
Sem se contar os dias
Que sempre passarão.
O futuro é um passarinho
Que, quando menos se espera,
Está na sua mão
E, como a morte não se atrasa,
É preciso alimentá-lo
Para que cante
Nem que seja o canto do cisne.
(Do livro "Águas Passadas", Editora Per Se)
No comments:
Post a Comment