Bien
vayas, Año Viejo, segador implacable,
Que
te vas de los campos con la mies de la vida,
Con
tu fardo de crímenes, tu figura execrable
Y
aún blandiendo en tus manos la guadaña homicida.
Nace
el Año, heredero de los cetros del Mundo,
Y en
el hondo sarcasmo de una noche de luna,
Cuando
ruge a sus plantas el rencor iracundo,
Ve
que tiene una enorme calavera por cuna.
La
Locura y el Crimen se han vestido de gala;
Deje
al Año que vuele la impecable paloma
Y un
bautismo de sangre por su frente resbala...
Luce
el mundo, a manera de un festín nunca visto;
Nuevamente
tornamos a los tiempos de Roma,
¡Y
los pueblos escupen al cadáver de Cristo!
O ano novo
É
bom que sigas, Ano Velho, ceifador implacável,
Que
te afastes dos campos com a colheita da vida,
Com
teu fardo de crimes, tua figura execrável
E
ainda empunhando em tuas mãos a foice homicida.
Nasce
o ano, herdeiro dos cetros do mundo,
E no
profundo sarcasmo de uma noite de luar,
Quando
ruge em suas plantas o rancor iracundo,
Vê
que tem uma enorme caveira para repousar.
A loucura
e o crime se vestiram de gala;
Deixe
o ano que vai a impecável pomba
E um
batismo de sangue que por sua testa resvala ...
Brilha
o mundo, como um festim nunca visto;
Mais
uma vez voltamos ao velho tempo de Roma,
E as
pessoas cospem no corpo de Cristo!
Ilustração: pastorclaudiorenato.blogspot.com
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