Caracteres misteriosos,
que se enquadram ou fogem
de equações e fórmulas,
que nos acompanham em livros, documentos,
dígitos, algoritmos, lápides, noites e dias.
Invisíveis, ou não, regem nossas vidas
em todo caso
quando se multiplicam, somam, se dividem
ou somem ao acaso.
Em algum momento
somos um número apenas
na mar da multiplicidade,
um sentimento
que nos arrasta,
com ou sem contagem,
na incógnita viagem.
Imperador do tempo,
vital nos relógios
e marcador dos ritmos humanos,
arábicos ou romanos,
nos governam sem nada dizer
e podem ser
fonte de dor ou de prazer.
Ilustração: Junior Silveira.
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