ENVOI
Ezra Pound
Go, dumb-born book,
Tell her that sang me once that song of Lawes:
Hadst thou but song
As thou hast subjects known,
Then were there cause in thee that should condone
Even my faults that heavy upon me lie
And build her glories their longevity.
Tell her that
sheds
Such treasure in the air,
Recking naught else but that her graces give
Life to the moment,
I would bid them live
As roses might, in magic amber laid,
Red overwrought with orange and all made
One substance and one colour
Braving time.
Tell her that goes
With song upon her lips
But sings not out the song, nor knows
The maker of it, some other mouth,
May be as fair as hers,
Might, in new ages, gain her worshippers,
When our two dusts with Waller’s shall be laid,
Siftings on siftings in oblivion,
Till change hath broken down
All things save Beauty alone.
ENVOI
Vai, livro nascido mudo,
Diz a ela que me cantou
uma vez aquela canção de Lawes:
Houvesse apenas uma
canção
Como conheces os teus
súditos,
Então haveria em ti causa
que deveria tolerar
Até mesmo as minhas
faltas que pesam sobre mim
E construiria suas
glórias sua longevidade.
Diz a ela que derrama
Tal tesouro no ar,
Não contando nada além de
que suas graças dão
Vida ao momento,
Eu as convidaria a viver
Como rosas, deitadas em
âmbar mágico,
Vermelhas coberta de
laranja e todas feitas
De uma substância e uma
cor
Desafiando o tempo.
Diga a ela que vai
Com uma canção nos lábios
Mas não canta a canção,
nem sabe
O criador dela, de alguma
outra boca,
Que pode ser tão bela
quanto a dela,
Pode, em novas eras,
ganhar seus adoradores,
Quando nossas duas
poeiras com as de Waller forem colocadas,
Peneiramento sobre
peneiramento no esquecimento,
Até que a mudança posto
abaixo
Todas as coisas, salvo a
Beleza solitária.
Ilustração: Segredos do
Mundo.
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