Olha para as estrelas,
meu amor,
nesta mágica noite
enluarada
elas são flores do céu,
fixadas no infinito,
que não cairão
como os meteoritos.
São, na verdade, gritos
de um passado distante;
um alerta que o fim
está ali adiante
que, no final, somos
apenas pó.
Olha para as estrelas,
meu amor,
na sua grandeza
como somos pequeninos,
que nada há
que nada vai ficar,
além do brilho passageiro
de seus raios
que nos ensinam a sonhar.
(De "Cem Poemas em Cem Dias", Editora Viseu,
2021)
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