Ah! Dona mosquinha, sua mosca tosca, vem, logo agora, em plena a pandemia abusar assim de minha companhia? Vem com seu zumbido nesta infausta hora me importunar como se soubesse que sem inseticida não posso te pegar. Tento te matar, mas, da raquete
zomba, do pano, da toalha, da mão que em vão tomba sem meios de alcançar esta criaturinha, que tão rapidinha consegue escapar. Mosca brincalhona que faz a maior zona sem em nada alterar seu voo regular. Como suportar esta praga urbana que, por zombaria, talvez ironia, cai devagarinho e se afoga de mansinho, sem a menor graça, na última taça de meu melhor vinho? Ilustração: Tudo Gostoso.
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