Friday, September 22, 2023

O Infinito de Giacomo Leopardi

 


L’INFINITO

Giacomo Leopardi

Sempre caro mi fu quest’ermo colle,

E questa siepe, che da tanta parte

Dell’ultimo orizzonte il guardo esclude.

Ma sedendo e mirando, interminati

Spazi di là da quella, e sovrumani

Silenzi, e profondissima quiete

Io nel pensier mi fingo; ove per poco

Il cor non si spaura. E come il vento

Odo stormir tra queste piante, io quello

Infinito silenzio a questa voce

Vo comparando: e mi sovvien l’eterno,

E le morte stagioni, e la presente

E viva, e il suon di lei. Cosi tra questa

Immensita s’annega il pensier mio:

E il naufragar m’è dolce in questo mare.

O INFINITO

Sempre querido me foi este morro tão deserto

E esta cerca viva por toda parte

Do último horizonte o olhar me exclui.

Mas sentando e mirando, intermináveis

Espaços e além disso, e sobre-humanos

Silêncio e profundíssima quietude,

Eu no meu pensamento finjo; onde por pouco

Meu coração não tem medo. E como o vento

Ouço farfalhar entre essas plantas, sou eu

Infinito silêncio com esta voz

Vou comparando: e me fornece o eterno,

E as estações mortas, e o presente

E viva, e o seu rumor. E assim eu nesta

Imensidão afogo o pensamento:

E o naufragar é doce neste mar.

Ilustração: Superinteressante.

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