Wednesday, August 02, 2006

BRILHO


Não há dia sem lembrança
Nem noite sem pesadelos
Toca flauta minha criança
Aumenta a coleção de selos.

O meu remorso é tardio,
A tua música lamento.
Nada do que foi sadio
Perde seu ressentimento.

Absurdas, as coisas, penso,
Enquanto irado corto
O pano da paixão antes imenso
Que, em lagrimas, jaz rôto.

Efêmera toda morte, vida,
Como as flores dos campos
Brilham na noite esquecida
Dançantes, mil pirilampos.

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