Friday, November 29, 2013

Abelardo Linares



Ofício de la costumbre

Abelardo Linares

Del amor a las palabras queda sólo costumbre.
Se hace rito el misterio y un dios inútil
silencioso visita el asolado paisaje de nuestros sueños.
En espejos ardiendo miramos nuestro rostro
y la mano sostiene una flor que es de hielo y ceniza.
Si en ese atardecer canta un pájaro ciego,
¿qué nos devolverá su canto si aguarda ya la noche
para arrancar de nuestros ojos la luz última del mundo?

Ofício do costume

Do amor as palavras fica apenas o costume.
Se faz rito o mistério e um deus inútil
silencioso visita a paisagem devastada de nossos sonhos.
Em espelhos ardendo olhamos nosso rosto
E a mão segura uma flor que é de gelo e cinza.
Se nesse entardecer canta um pássaro cego,
que nos devolverá seu canto, se já a noite aguarda
para arrancar dos nossos olhos a última luz do mundo?


De volta George Pellicer

Mi alma gemela 

George Pellicer

Los años pasan y yo sigo en tu busca,
error tras error, complican tu encuentro,
los años pasan y yo sigo solo,
aunque sé que al fin llegará el día de nuestro reencuentro.

Minha alma gêmea
Os anos passam e eu sigo em tua busca,
enganos por trás de enganos, complicam teu encontro,
os anos passam e eu sigo só,
ainda crendo que ao fim chegará o dia de nosso reencontro. 


George Pellicer


Polos opuestos

George Pellicer

La vejez y la juventud extremos son,
la pureza y la perversión antónimos,
la verdad y la mentira antagónicos,
y aunque entre nosotros existan muchas diferencias
la pareja perfecta somos.

Pólos opostos

A juventude e a velhice extremos são,
a pureza e a perversão antônimos,
a verdade e a mentira antagônicos,
e ainda que entre nós existam muitas diferenças
nós somos o casal perfeito.


Ilustração: www.ndig.com.br 

Thursday, November 28, 2013

Novamente María Clara González



SÚPLICA

María Clara González

Por hoy
dame la mano
para engañarme

Dame tu cuerpo
para saciar mi sed

Por hoy
sólo por hoy
enséñame a mentir
como te mientes
cuando repites

que únicamente el vuelo
de un ave migratoria
te une a mí

Súplica

Por hoje
me dá tua mão
para me enganar

Dá-me teu corpo
para saciar minha sede

por hoje
só por hoje
ensina-me a mentir
como te mentes
quando repetes

que unicamente o vôo
de uma ave migratória
te une a mim




María Clara González





Quédate en mí

María Clara González

Ya no luches contigo
guerrero trashumante
Quédate en mí

Escucha la canción
que susurran mis manos y mis senos

Aprisiona la ternura
Apacigua mi arena
ansiosa de mar

Fica em mim

Já não luto contigo
guerreiro nômade
Fica em mim

Escuta a canção
que sussurram minhas mãos e meus seios

Aprisiona a ternura
apazigua a areia
ansiosa de mar


Ilustração: olhares.sapo.pt

Wednesday, November 27, 2013

Joan Manuel Serrat


Poema de amor

Joan Manuel Serrat

El sol nos olvidó ayer sobre la arena,
nos envolvió el rumor suave del mar,
tu cuerpo me dio calor,
tenía frío
y, allí, en la arena, entre los dos nació este poema,
este pobre poema de amor
para ti
Mi fruto, mi flor,
mi historia de amor,
mi caricias.
Mi humilde candil,
mi lluvia de abril,
mi avaricia.
Mi trozo de pan,
mi viejo refrán,
mi poeta.
La fe que perdí,
mi camino
y mi carreta.
Mi dulce placer,
mi sueño de ayer,
mi equipaje.
Mi tibio rincón,
mi mejor canción,
mi paisaje.
Mi manantial,
mi cañaveral,
mi riqueza.
Mi leña, mi hogar,
mi techo, mi lar,
mi nobleza.
Mi fuente, mi sed,
mi barco, mi red
y la arena.
Donde te sentí,
donde te escribí
mi poema…

Poema de amor 

O sol nos esqueceu, ontem, sobre a areia,
nos envolveu o rumor suave do mar,
teu corpo me deu calor,
tinha frio,
e, ali, na areia, entre nós dois nasceu este poema,
este pobre poema de amor,
para ti.

Meu fruto, minha flor,
minha história de amor,
minhas carícias
Minha humilde lamparina,
minha chuva de abril,
minha avareza
Meu pedaço de pão,
meu velho refrão,
meu poeta
A fé que perdi,
meu caminho
e o meu reboque
Meu doce prazer,
meu sonho de outrora,
minha bagagem
Meu suave canto,
Minha melhor canção,
minha paisagem
Meu manancial,
meu canavial,
minha riqueza
Minha lenha, minha lareira,
meu lugar, meu lar,
minha nobreza
Minha fonte, minha sede,
meu barco, minha rede
e a areia

Onde te senti
onde te escrevi
o meu poema.

Ilustração: poemasdeamoredor.blogs.sapo.pt

Tuesday, November 26, 2013

Peixes em Aquarius


Eu que fui um peixe
na Era de Aquarius sou um oceano
para tudo explorar.
Boio no ar
esperando a geada negra que não vai chegar
e depois do fim do mundo de 2012,
adiado para as calendas gregas
ou para quando esteja completo
                           o meu harém de 2.500 negras,
sinto que, talvez,  possa pousar em Marte
para fazer uma instalação de art nouveaux
e para o vácuo explicar,
com a mansidão de quem domina a arte
                                                de pintar o abstrato,
como o amor que foi embora,
nem me lembro a que hora
numa noite qualquer,
sem nenhum carinho
(deve ser crueldade de mulher)
com a lentidão e a surpresa do mágico
                                 que tira um elefante
                                           da cartola em que colocou um coelho.
Não! Eu não sou espelho,
para ninguém,
para nada
sou até mesmo o Pateta encarnado
por não ter vocação para Chapolin colorado.
Porém, não significa que não possa brilhar
mesmo quando no mar afundo
e sou uma estrela
de um filme cujo roteiro se perdeu
e que não se pode parar de filmar
nem mesmo para chorar
por não se saber
como o filme vai continuar
nem quando terminar.
De forma que terminarei
assim do modo improvisado
que o tempo e o orçamento me permite
com os atores que vou arregimentando
nesta caminhada em que vou filmando.
Não me culpem,
de vez que, na vida, a dor é inevitável,
se vou sentir prazer na dor,
um sinal de que estamos vivos,
sentirei muito mais prazer
no teu amor
que o terei,
o procurarei,
enquanto for possível.
E quando não for
ainda assim serás o meu amor
distante, solitário e impossível!

Ilustração: http://3.bp.blogspot.com/_lZgrrP1BjjI/SxG7cjddnVI/AAAAAAAAAWA/e6nOTOBIzWw/s400/era-de-aquario.jpg

Você perdeu caubói!


Estrago à prestação

Ela me mandou embora
Afirmando que me amava
Com tanta sinceridade
Que quase pedi perdão
Por ter lhe pedido em vão
Que seu amor não negasse.

Ela me mandou embora
Com uma tristeza tão grande
Que até a impressão dava
Que era eu quem não queria  
O amor que implorava.

Ela me mandou embora
Sem a menor cerimônia
Sem nenhuma preparação
Foi tão veloz que até agora
Continuo sem ação.

Ela me mandou embora
Dizendo que me amava
E quanto mais me falava
Menos prestava atenção
No estrago que fazia

No meu pobre coração! 

Calma, meu amigo, que a vida é longa


Cançãozinha da lógica enviesada

Você se despediu de mim
Dizendo que não te amo
E se negando a me amar.
É uma lógica estranha
Que não consigo explicar
Que quem nega o seu amor
Reclama de não se amar.
É como culpar o sedento
De não querer beber a água  
Que de sede o está matando.
Você se despediu de mim
E até me deixou chorando,
Mas, não me deu seu amor
Pelo qual estive implorando.
Não compreendi a lógica,

Mas, continuo te amando. 

Ilustração: http://armonte.wordpress.com/tag/o-estranho-no-corredor/

Sunday, November 24, 2013

Esta saudade...


A saudade de você, meu amor, é tão feroz
que me deixa, hoje, sem voz
e nem versos consigo escrever..
Só me resta beber como um camelo
para suportar o deserto de tua ausência
e munir-me de infinita paciência
sem previsão de te voltar a ver
e só me sustenta a doce ilusão
de que, onde estiver, estou no teu coração
assim, como sempre, tu estais no meu.

Ainda José Pedroni


EL GRILLO

José Pedroni

Un grillo manso que te quiere, amiga,

Y que en quererte vanamente insiste,

Cada vez que el silencio rehace

Te silabea su reclamo triste.

 
Abre los ojos. No te duermas. Ponte

Bien cerca, amiga, de mi pecho añoso;

Y así, callados, escuchemos juntos

La campanita del cri-cri amoroso

Entre las gentes del camino, siempre

Un hombre humilde me propongo ser,

Como el grillito que te quiere tanto

Y que te canta sin dejarse ver.

 O GRILO


Um grilo manso que te ama, amiga,
E que em te amar inutilmente insiste

E cada vez que o silêncio se refaz
Te presenteia com seu canto triste.

 
Abre teus olhos. Não dorme. Chega
Bem perto, amiga de meu velho peito;

E assim calados, escutemos juntos
A campainha do cri-cri amoroso

 
Entre as pessoas do caminho, sempre
Um homem humilde me proponho a ser,

Como o grilo que te ama tanto
E que te canta sem deixar-se ver.

 

José Pedroni



CUANDO ME VES ASI

José Pedroni

Cuando me ves así, con estos ojos

que no quieren mirarte,

es que al oírte hablar pienso en la lluvia

sin dejar de escucharte.

 

Porque tu voz, amiga, como el agua

rumorea el amor,

y pensando en la lluvia me parece mejor

que te escucho mejor.

 

Cuando me ves así, con estos ojos

que te miran sin verte,

es que a través de ti miro a mi sueño,

sin dejar de quererte.

 

Porque en tu suave transparencia tengo

un milagroso tul,

con el cual, para dicha de mis ojos,

todo lo veo azul.

 
Quando me vês assim

Quando me vês com estes olhos

Que não querem te olhar,

é que ao te ouvir falar penso na chuva

sem deixar de te escutar.

 

Porque a tua voz, minha amiga, como água

rumoreja amor

e pensando na chuva parece

que te escuto melhor.

 

Quando me vês assim com estes olhos

que te olham sem te ver,

é que através de ti vejo ao meu sonho,

sem deixar de te amar.

 

Porque tenho na tua transparência suave

um milagroso véu

com o qual, para sorte de meus olhos,

vejo tudo azul como o céu.

Ilustração: barracodevidro.blogspot.com

Ainda mais de Manuel Zequeira y Arango



A LA VIDA

Manuel Zequeira y Arango

 
Vida, que sin cesar huyes de suerte

Que no eres de ningún bien merecedora,

¿Por qué quieres llevarme encantadora

Con alegre esperanza hasta la muerte?

 
Si el tiempo que risueña te divierte

Es el mismo al fin que te devora

Por qué te he de apreciar si a cada hora

Se me acerca el momento de perderte.

 
Mas, ¿qué pierdo en perderte? La vil parte

De la miseria humana, el cuerpo indigno

Que debieras más bien de él alejarte,

 
Si a más vida, mas males imagino

Ya me puedes dejar, que yo en dejarte

Harto que agradecer tengo al destino.

 

À Vida

Vida que sem cessar corres da sorte

Que de ninguém és bem merecedora,

Por que queres me levar encantadora

Com alegre esperança até a morte?


Se o tempo que risonho te diverte

É o mesmo que, no final, te devora

Por que tenho que apreciar-te a cada hora

Se se aproxima o momento de perder-te.


Mas o que eu perco em perder-te? A vil parte

Da miséria humana, o corpo indigno

Que deveria mais bem de ti alhear-se,

 Se mais vida, mais males imagino

Já não me podes deixar, que em deixar-te

Só devo agradecer ao meu destino.


 

De novo Manuel Zequeira y Arango


LA ILUSIÓN

Sic transit gloria huius mundi.

Manuel Zequeira y Arango

Soñé que la fortuna en lo eminente,

Del más brillante trono, me ofrecía

El imperio del orbe, y que ceñía

Con diadema inmortal mi augusta frente:

 
Soñé que hasta el ocaso desde oriente,

Mi formidable nombre discurría,

Y que del septentrión al mediodía,

Mi poder se adoraba humildemente;

 
De triunfantes despojos revestido,

Soñé que de mi carro rubicundo,

Tiraba César con Pompeyo uncido:

 
Despertóme el estruendo furibundo,

Solté la risa y dije en mi sentido,

Así pasan las glorias de este mundo.

 
A ilusão

Sonhei que a fortuna era eminente

Do mais brilhante trono, me oferecia

O império do mundo, e me cingia

Com imortal diadema minha augusta fronte:

 

Sonhei que do ocaso ao oriente,

Meu formidável nome percorria,

E que do setentrião ao meio-dia

Meu poder se adorava humildemente;

 
De triunfantes despojos revestido,

Sonhei que meu carro decorado,

Superava a César com Pompeu ungido:

 
Despertou-me o rugido furibundo

Soltei uma risada e disse o meu sentido,

Que assim se passam as glórias deste mundo.

Ilustração: guylhermeturqus.wordpress.com

 

Manuel Zequeira y Arango


Epigrama

Manuel Zequeira y Arango

Encontróse un bandolero

Con cierto escribano un día,

Y quitándose el sombrero

Le hizo a aquél su cortesía:

El escribano dio indicio
De que extrañaba el halago;

Mas el otro dijo: "lo hago

Porque somos de un oficio".

Epigrama

Encontrando-se um bandido
Com um tabelião um dia,

Levantou o seu chapéu

Num sinal de cortesia:
O tabelião deu indício

De que estranhava o fato;
Mas, o outro disse: “O faço

Por termos o mesmo ofício”.

Ilustração: aprovaconcursos.com.br

Wednesday, November 13, 2013

Joaquin Benito de Lucas


TEMBLANDO COMO EL MAR

Joaquin Benito de Lucas

Con el mismo miedo
vanos hacia el amor
y hacia la muerte.
Y así, con miedo, triste,
temblando las banderas de tus ojos,
llegaste a mí Temblaba la mañana
también. Y las cortinas. Y las sábanas.
Y los pájaros ciegos de tus manos
cuando abrazabas mi desnudo cuerpo
o acariciabas mis mejillas.
Temblabas cono el mar, apasionada
y triste, como el mar, llena de azules
los ojos, y la carne
morena en esa playa
de espuma y olas
que mis besos te daban
temblando como tu
desde otro mar de fuego.

Tremendo como o mar

Com o mesmo medo
vamos até o amor
e à morte.
E assim, com medo, triste,
tremendo as bandeiras de teus olhos,
chegastes a mim. Tremia a manhã
também. E as cortinas. E as folhas.
E os pásasros cegos de tuas mãos
quando abraçavas meu corpo nu
ou acariciavas meu rosto.
Tremiam os seios como o mar, apaixonado
e triste, como o mar, cheio de azuis
olhos e carne
morena nessa praia
de espuma e ondas
que meus beijos te davam
tremendo como tu
desde outro mar de fogo.


Carlos Baos Galan


NUEVO PRONUNCIAMIENTO DE LA POSESION POR LA POESIA.

Carlos Baos Galan

Suya mi voz, urgencia de este ciego
suceso de ceniza hacia la llama,
fuego de instantes donde se derrama
rni sed de vasto pozo sin sosiego.
Suyo -en delirio- el niño al que me entrego:
el poema; este llanto donde infama
su posesión la noche que me llama
al llegar a la luz que nunca llego.
Suyo todo. Este son de este perdido
corazón por el suyo. Y este herido
gozar de paraíso que me apresa.
Y este sueño de ser que no concluyo.
Y este largo morir que, siendo suyo,
es muerte que a la vida me regresa.

Novo pronunciamento de possessão pela poesia

Sua minha voz, a urgência deste cego
sucesso das cinzas até à chama,
fogo de instantes onde derrama
minha sede de vasto poço sem sossego.
Seu-em delírio-o menino a que me entrego:
o poema, este pranto onde inflama
sua possessão a noite que me chama
ao chegar a luz que nunca chegou.
Seu todo. Este som deste perdido
coração por ele seu. E este ferido
gozar de paraíso que me capturou.
E este sonho de ser  que não se completa.
E este largo morrer que sendo seu é a seta
da morte que à vida me retornou.

Ilustração: www.adilsoncosta.com


Rafael Alfaro


ESPLENDOR DE LO INVISIBLE

Rafael Alfaro

Esta luz, que te ofusca y te devora,
a tu tiniebla interna te confina.
Ciego por dentro el corazón camina.
Duda el reloj su sol, su sombra, su hora.
No el que ve es el que sabe aquí y ahora:
tienen también los ojos- su sordina.
¿Acertar? Más acierta el que adivina
un día sin crepúsculo ni aurora.
Hay otra cara oculta de las cosas
abiertas al amor de otra mirada.
Por el aroma llegas a las rosas;
y por su quemazón, a ese indecible
relámpago de luz adivinada:
¡oh, el oscuro esplendor de lo invisible!.

O esplendor do invisível

Esta luz que te ofusca e te devora,
à tua escuridão interna te confina.
Cego por dentro o coração caminha.
Duvida o relógio, seu sol, sua sombra, hora.
Não é o que vês o que sabe, aqui e agora:
tem também os olhos-sua surdina.
Acertar? Mais acerta o que adivinha
um dia sem crepúsculo ou aurora.
Há outro lado oculto das coisas
abertas ao amor de um outro olhar.
Pelo perfume chegas nas rosas;
e por sua queimação, a este indescritível
relâmpago de luz adivinhada:
Oh! O escuro esplendor do invisível!.

Ilustração: blog.pvnaves.com


Sergio Hernandez


DE NUEVO QUIERO ESCRIBIR

Sergio Hernandez

De nuevo quiero escribir
después de tanto tiempo
no sé por qué
ni para qué
ni para quién
pero el dorado moscardón del otoño que soy
zumba en mi alma
incendia mi corazón
y la ternura invade océanos
devueltos por tus ojos
que rondan y rondan
a esta flor extraña
pero el perro humillado que soy
enfermo y triste
gime al cielo buscando al amo
con el que nunca pudo comunicarse.

De novo quero escrever

De novo quero escrever
depois de tanto tempo
Não sei por que
nem para que
ou para quem
mas, a dourada varejeira de outono que sou
zumbiu em minha alma
incendiou o meu coração
e a ternura invade oceanos
devolvidos por teus olhos
que rondam e rondam
a esta flor estranha
porém, o cão humilhado que sou
doente e triste
geme ao céu buscando o amo
com o qual nunca poderá se comunicar.