Tuesday, April 22, 2008

AMANTES II

Jorge Gaitán Durán

Desnudos afrentamos el cuerpo
como dos ángeles equivocados,
como dos soles rojos en un bosque oscuro,
como dos vampiros al alzarse el día,
labios que buscan la joya del instante entre dos muslos,
boca que busca la boca, estatuas erguidas
que en la piedra inventan el beso
sólo para que un relámpago de sangres juntas
cruce la invencible muerte que nos llama.
De pie como perezosos árboles en el estío,
sentados como dioses ebrios
para que me abrasen en el polvo tus dos astros,
tendidos como guerreros de dos patrias que el alba separa,
en tu cuerpo soy el incendio del ser.

Amantes II
Despidos enfrentamos o corpo
Como dois anjos equivocados,
Como dois sóis roxos num bosque escuro,
Como dois vampiros ao se fazer o dia,
Lábios que buscam a jóia do instante entre dois músculos,
Boca que busca a boca, estátuas erguidas
Que na pedra inventam o beijo
Somente para que um relâmpago de sangue juntas
Cruze a invencível morte que nos chama.
De pé como pesarosas árvores no estio,
Sentados como deuses ébrios
Para que me abracem como um polvo teus dois astros,
Estendidos como guerreiros de duas pátrias que o amanhecer separa,
No teu corpo sou o incêndio do ser.

1 comment:

Gustavo said...

Olá Sílvio,

Fui através da Cris Moreno que agora faço contato com vossa pessoa. Ela me propôs fazer a tradução completa de um poema do D.H.Lawrence. Também sou poeta e escritor. Será que você poderia me ajudar?
Sinceramente,

Gustavo