Friday, July 06, 2007

UM POETA DE EL SALVADOR

Promesa

Manlio Argueta

Juro no morirme jamás. No sublevarme.
No decir la verdad cuando nos duela.
Ofrecer la mejilla cada vez
Que me ofendan. A los pobres
Daré limosnas. Comeré pan duro
Para ser bueno contados.
Sólo dinero (pues no tengo nada)
No habré de repartir… Después morir
Tranquilamente, libre de pecados,
De bronconeumonía o de un callo
En el pie
O de un catarro en el alma.

Promessa

Juro não morrer jamais. Não me revoltar.
Não dizer a verdade quando nos ferir.
Oferecer a outra face cada vez
Que me ofenderem. Aos pobres
darei esmolas. Eu comerei o pão duro
para ser bem visto.
Só não darei dinheiro (pois não tenho nada)
Não terei o que distribuir … Depois morrer
Tranqüilamente, livre de pecados,
De broncopneumonia ou de um calo
no pé
ou de catarro na alma.

1 comment:

Lia Noronha said...

Silvio: triste realidade...de um poeta em desespero...
Abraços mil!!!