Exponho
apenas os meus sonhos
Que,
minhas feridas, se guardam em mim nas cicatrizes.
E,
se doem, quando faz frio,
rio
da minha dor,
que
dor maior é a angústia de viver;
de
saber que, entre um silêncio e outro,
posso
falar todas as palavras,
amar
todos os amores,
sonhar
todos os sonhos
e
não ter medo de dizer sim
ao
gosto amargo do prazer,
que
é o gozo dos sentidos,
deste
estranho animal chamado homem.
(Do livro "Viagem aos Sonhos de Ninguém").
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