Soneto das Borboletas
Assim deitada e nua te encontro
Molhada de desejo, um ar tão natural
Que atiça a chama do amor sedento
Que se sacia em ti com uma fúria animal
Porém, mais do que eu, queimas em brasas
E queres muito mais do que até posso,
Pois tu queres a música sem pausas
E muito além da carne comes até o osso
Queimando na fogueira sempre acesa,
Entre as paredes, nossa vida presa,
É a melhor com que jamais sonhamos
Nem sei, nem sabes, o que lá fora espera
O mundo é aqui. E, em plena primavera,
Há menos borboletas do que nós gozamos!
3 comments:
Sílvio, maravilhoso esse poema, essa dança, esses movimentos flutuantes dos corpos amantes. A delicadeza da comparação com as borboletas torna o poema leve e elegante como elas! Belo, belo!
Beijos
P.S. E você ainda tem dúvidas sobre o seu indiscutível dom. Ai, ai.
Silvio: sua poesia é apaixonante...
tenho vindo sempre aqui...
Boa semana e beijos carinhosos.
Sílvio, por favor!
Me empresta este poema para publicar no Abrindo Janelas.
Tá bom, tá bom! Estou abusando...mas ele é tão lindo!
Beijos
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