Quem sabe o
que é o amor? Quem o conhece
Que sem vergonha alguma abre as portas.
E pelas janelas imprevistas entra e não se esquece.
Quem sabe porque sempre por vias tortas?
O sonho que me despertas
Ao me fazer assim tanto te amar,
Ensina-me a sofrer e não gritar.
Vivo no ar como vivem os astronautas
Talvez na lua sem esperar o fim do dia
Ó vivo como uma maravilhosa flauta
Tocando a impossível melodia
Que o maestro diz que não ouvia,
Mas, a platéia de tanto gostar
Aplaude intensamente, sem parar.
Vivemos sim em distintos planos
Sem saber explicar muito bem
O fato de sermos seres humanos
Que, de repente, amar se querem,
Sem uma boa explicação também.
Sem razão, até mesmo sem pensar
Porque existe o impulso para amar.
É assim que todo amor imenso
Surge por qualquer coisa, por sentir
Que o amar, ainda se não penso;
É a razão profunda e real do existir.
Há mais amor do que se pensa por vir
Que os seres tem a propensão a amar
E sofrem quando tentam ignorar
Que o amor ninguém o desconhece
Já que desperta nas naturezas mortas
O fervor que nada tem de prece
E da paixão abre todas as comportas.
O amor é o sonho a que me exortas
Com um desejo que vive a gritar
Que viver é sinônimo de amar.
Não quero da vida nada mais
Que poder amar como ainda posso
Nem que seja somente uma vez mais.
Ter esses momentos todos nossos.
Depois se a morte nos levar
Levou apenas os restos, os destroços
Que o ápice glorioso foi amar.
Ilustração: Estante Virtual.
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