Quando, sob aplausos, subiu no palco,
e começou a falar como um profeta,
alguns disseram deve estar de porre
e os insensatos:grande é a sua meta.
Bradou bem forte contra a iniquidade,
esbravejou contra a corrupção,
para todos prometeu o pão,
e que vinha para mudar os costumes,
que encarnava a vida e a verdade.
Exortou a todos, e todas, a seguir
suas palavras e seu comando,
que o passado para trás deixassem
como se tudo com ele começasse.
E dali por diante, a seu mando
que beijassem o chão onde passasse.
Porém, no seu delírio de grandeza
nada além de palavras oferecia
e só alimentava os de sua mesa,
enquanto o resto de fome padecia,
apesar das migalhas que oferecia.
Custou, talvez, duas décadas
enganando o povo com ração
até a rápida e cruel decepção
movida por, cada vez maior,
desobediência e revolta.
Mas, o predestinado,
sem a menor paciência,
pois se dizia detentor da ciência,
para ficar no poder
perseguiu e matou
um terço da população,
antes de, estrepitosamente,
se esborrachar no chão!
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