Tuesday, January 03, 2006

UM POETA CUBANO


Canción del amor prohibido
José Angel Buesa


Solo tu y yo sabemos lo que ignora la gente
al cambiar um saludo ceremonioso y frio
porque nadie sospecha que es falso tu desvio
ni cuanto amor esconde mi gesto indiferente.

Solo tu y yo sabemos porque mi boca miente,
relatando la historia de um fugaz amorio;
y tu apenas me escuchas y yi no te sonrio...
y aun nos arde en los lábios algún beso reciente.

Solo tu y yo sabemos que existe uma simiente
germinando em la sobra de este surco vacio,
porque su flor profunda no se vê, ni se siente.

Y asi dos orillas tu corazón y el mio
pues, aunque las separa la corriente de un rio,
por debajo del rio se unem secretamente.


Canção do Amor Proibido

Só tu e eu sabemos o que ignora toda gente
quando trocamos uma saudação cerimoniosa e fria
porque ninguém suspeita que isto é falso e só desvia
Quanto amor esconde o gesto indiferente.

Só tu e eu sabemos porque minha boca mente,
relatando a história de um amor fugaz
e tu apenas me escutas e não sorris mais
porque nos arde nos lábios algum beijo recente.

Só tu e eu sabemos que existe uma semente
germinando no excesso deste sulco vazio,
porque sua flor profunda não se vê, nem sente.

E se bordas do seu coração e do meu, assim,
pareça que os separe a corrente de um rio, ao fim,
por debaixo dele se unem mais secretamente.

1 comment:

Saramar said...

Sílvio, que coisa maravilhosa! Que beleza de poema. Adoro esses poetas cubanos. Obrigada por trazê-los para nosso deleite.
Como são lindos os amores clandestinos assim descritos! Emocionam-me muito esses amantes que precisam se esconder assim e que tentam, muitas vezes inutilmente, fingir que não sentem o que sentem.
É belo, muito belo.