Saturday, January 07, 2006
UM POETA DA ITÁLIA
VARIAZIONI SU NULLA
Giuseppi Ungaretti
Quel nonulla di sabbia Che trascorre
Dalla clessidra muto e va posandosi
E, fugaci, lê impronte sul camato,
Sul carnato Che muore, d’una nube...
Poi mano che rovescia la clessidra,
Il retorno por muoversi, de sabbia,
Il farsi argertea tácito di nube
Ai primi brevi lividi dell’alba...
La mano in ombra la clessidra volse,
E, de sabbia, il nonulla Che trascorre
Silente, é única cosa che ormai s’oda
E, essendo udita, in buio non scompaia.
VARIAÇÕES SOBRE O NADA
Qual grãos de areia que escorrem
Da ampulheta mudos e que vão passando
E, velozes, se acumulam em camadas,
São as carnes que morrem, de uma nuvem...
Pela mão que revira a ampulheta
Se retorna o movimento da areia
E se faz o prateado tácito da nuvem
Ao primeiro, breve e claro sinal da aurora..
A mão que, na sombra, a ampulheta gira
E, a areia, que em grãos escorre
Silenciosa, é a única coisa que então se ouve
E, sendo ouvida, na treva não se envolve.
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