Saturday, January 07, 2006

UMA POESIA DE HORACIO


1/11
Tu ne quaesieres (scire nefas) quem mihi, quem tibi
finem di dederint, Leuconoe, nec Babylonios
temptarias números. Vt melius quicquid Eric pati!
Seu pluris hiemes seu tibuit Iuppiter ultimam
Quae nune oppositis debilitar pumicibus maré
Tyrrhenum, sapias, uina liques et spatio brevi
spem longam reseces. Dum loquitur, fugerit invida
Aetas: carpe diem, quam minimum crédula postero.

1/11
Não tentes (é inútil) saber do amanhã, do que, Lito Casara,
nos reserva o destino nem mesmo nos horóscopos da Babilônia
e aceita: o que tiver de ser assim será. Quer nos dê mais invernos,
Júpiter, ou somente este que, nas rochas, do rio Madeira as ondas
vão quebrar. Vive, bebe o teu vinho, no curto prazo, no longo,
nunca se sabe. Afinal enquanto loquaz falo o tempo se escoa
Goza teu dia, hoje, que o amanhã é incerto como o vento.

2 comments:

Saramar said...

Olá, Sílvio, boa noite
Você é uma surpresa constante e sempre boa, sempre melhor a cada dia.
Tenho muito orgulho por conhecê-lo e por poder aprender com você.
Acho que ando seguindo esse ensinamento antigo, mesmo sem saber que já era prescrito desde Roma.
Obrigada
Beijos

Lia Noronha said...

Silvio: que bom viver a poesia neste seu Universo poético...
beijos bem carinhosos.