Thursday, June 01, 2006

UM POETA DA GUATEMALA


VERSOS DEL DES/ENCUBRIMIENTO

Rafael Gutiérrez

Ante el dentudo acoso de sus sabuesos,
Nosostros salíamos siempre em debandada.
Así,
Dejábamos coches, gallinas, chucchos
Y, ardiendo todavia sobre a leña,
La sagrada y redonda tortilla.
Asi andábamos: como pedazos despedazados
De un solo y único cuerpo
Que debe ser el pueblo.
Poco a poco sin embargo,
Las uñas están regresando a sus manos,
Las manos a sus brazos,
Los brazos a su cuerpo.
Y también los ojos, que cada vez vem más claro
Em médio de la noche más cerrada y llorosa.

VERSOS DO DES/COBRIMENTO

Ante os dentes afiados de seus cachorros
Nós saíamos sempre em debandada.
Assim,
Deixávamos carroças, galinhas, trecos
E, ardendo ainda sobre a lenha,
O sagrado e redondo pão.
Assim andávamos: como pedaços despedaçados
De um só e único corpo
Como deve ser o povo.
Pouco à pouco, sem embargo
As unhas estão regressando as mãos,
As mãos aos braços
Os braços ao corpo.
E também os olhos, que vêem cada vez mais claro
Em meio a noite mais escura e tenebrosa.

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