Wednesday, June 28, 2006

UMA POESIA DE DURAN

SE JUNTAN DESNUDOS

Jorge Gaitán Duran

Dos cuerpos que se juntam desnudos
Solos em la ciudad donde habitan los astros
Inventan sin reposo el deseo.
No se vem cuando se aman, bellos
O atroces arden como dos mundos
Que uma vez cada mil años se cruzan em el cielo.
Solo en la palabra, luna inútil, miramos
Cómo nuestros cuerpos son cuando se abrazan,
Se penetran, escupen, sangran, rocas que se destrozan,
Estrellas enemigas, impérios que se afrentan,
Se acarican efímeros entre mil soles
Que se despedazan, se besan hasta el fondo,
Saltan como dos delfines blancos en el dia,
Pasan como um solo incêndio por la noche.

AMANTES DESNUDOS

Dois corpos que se juntam despidos
Sós numa cidade onde vivem os astros
Inventam, sem descanso, o desejo.
Não vêem quando se amam, belos
Ou atrozes que ardem como dois mundos
Que uma vez a cada mil anos se cruzam no céu.
Só na palavra, lua inútil, nós olhamos
Como nossos corpos são quando nos abraçamos,
E penetrados, esculpem, sangram, como rochas destroçam,
Estrelas inimigas, impérios que se enfrentam,
E se acariciam efêmeros entre mil sóis
Que se despedaçam, se beijam até o fundo,
De onde saltam como dois golfinhos brancos no dia,
E passam como um só incêndio que ilumina a noite.

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