Final de año
Jorge Luis Borges
Ni el pormenor simbólico
de reemplazar un tres por un dos
ni esa metáfora baldia
que convoca um lapso que muere y outro que surge
ni el cumplimiento de un proceso astronómico
aturden y socavan
la altiplanicie de esta noche
y nos obligan a esperar
las doce irreparables campanadas.
La causa verdadera
es la sospecha general y borrosa
del enigma del Tiempo:
es el asombro ante el milagro
de que a despecho de infinitos azares,
de que a despecho de que somos
las gotas del rio de Heráclito,
perdure algo en nosotros;
Inmóvil,
algo que no encontró lo que buscaba.
Fim de ano
Nem o detalhe simbólico
de substituir três por dois
nem a metáfora inútil
que provoca um lapso entre um que morre e o outro que se levanta
nem o cumprimento de um processo astronômico
aturdem e enterram
os altiplanos desta noite
e nos obrigam a esperar
as doces e irreparáveis tocaias.
A causa verdadeira
é a suspeita geral e nebulosa
do enigma do Tempo:
é o assombro ante o milagre
de que a despeito dos infinitos acasos,
de que a despeito de que somos
as gotas do rio de Heráclito,
perdure algo em nós;
Imóvel,
algo que não encontrou o que buscava.
Jorge Luis Borges
Ni el pormenor simbólico
de reemplazar un tres por un dos
ni esa metáfora baldia
que convoca um lapso que muere y outro que surge
ni el cumplimiento de un proceso astronómico
aturden y socavan
la altiplanicie de esta noche
y nos obligan a esperar
las doce irreparables campanadas.
La causa verdadera
es la sospecha general y borrosa
del enigma del Tiempo:
es el asombro ante el milagro
de que a despecho de infinitos azares,
de que a despecho de que somos
las gotas del rio de Heráclito,
perdure algo en nosotros;
Inmóvil,
algo que no encontró lo que buscaba.
Fim de ano
Nem o detalhe simbólico
de substituir três por dois
nem a metáfora inútil
que provoca um lapso entre um que morre e o outro que se levanta
nem o cumprimento de um processo astronômico
aturdem e enterram
os altiplanos desta noite
e nos obrigam a esperar
as doces e irreparáveis tocaias.
A causa verdadeira
é a suspeita geral e nebulosa
do enigma do Tempo:
é o assombro ante o milagre
de que a despeito dos infinitos acasos,
de que a despeito de que somos
as gotas do rio de Heráclito,
perdure algo em nós;
Imóvel,
algo que não encontrou o que buscava.
1 comment:
Fim de ano...ou começo de um outro ano...datas e registros apenas...que na poesia...inexistem...obrigada pela carinhosa visita...que deixou o meu Cotidiano muito mais feliz!!!
Bjin con carin de fim de semana .
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